segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Terapia de casal

A convivência com o outro é tão difícil quanto à convivência com agente mesmo.
Eu te pergunto?
Você casaria com você?
Difícil resposta, pois somente evoluímos no relacionamento com os outros.
Seria bom se fossemos como os dedos das mãos, que são cinco, um diferente do outro cada qual com sua função e se dão muito bem, não brigam, se ajudam. Como as mãos se cumprimentando.
A convivência com o outro requer muita tolerância, cumplicidade, respeito, sentimentos de carinho e amor, saber ceder e aceitar as qualidades e dificuldades próprias e alheias.
A terapia de casal ajuda em muito na compreensão e solução dos conflitos, desde que ambos queiram e estejam dispostos a dialogar.
Respeitar as individualidades é um ponto crucial, pois cada um tem seus gostos, preferências e hobbies, que precisam ser respeitados dentro de limites é claro. No entanto não se pode esquecer que está numa relação, pois mais liberal que seja, existe um comprometimento.
Os conflitos mais comuns no relacionamento são os de comunicação, um não entendendo o que o outro diz e pensa, em relação a problemas financeiros, filhos, infidelidade, muito ciúme e desconfiança, problemas com a sexualidade, conflitos entre as famílias de ambos entre outros.
Quando o casal decide ter filhos, mesmo que planejado precisam saber que o dia a dia de ambos vai mudar e muito, e precisam se preparar para isso. Ser mãe e pai não é fácil, apesar de ser realizador ser pai e ser mãe. A mulher mãe pode rejeitar o filho ou superproteger, o pai vai perder algumas liberdades, mas precisa estar junto na criação do filho, não estamos mais no tempo das cavernas em que a mãe cuidava da prole e o pai saia para caçar, pescar ou ir para a guerra, precisa estar mais próximo e sem ciúme de competição. A educação atual deve ser compartilhada. Se não conseguirem dar conta das responsabilidades peçam ajuda a pessoas mais experientes ou profissionais da área.
A vida a dois com ou sem filhos é muito boa, mas requer compreensão e respeito à individualidade de cada um, com dialogo para se lapidarem de dentro para fora. Todos temos nossos vícios e manias, que precisamos lapida-los, evitando os hábitos e rotinas cansativas, ter tempo para si é importante, viver para os outros somente não é bom.
No começo do relacionamento acontece as paixões que são emoções intensas e ao longo tendem para o amor que é um sentimento mais equilibrado e duradouro, tomando cuidado para não virar ódio. Quem realmente ama não odeia, somente quem está apaixonado e não é correspondido pode odiar.
Respeitar as diferenças, sair do habitual com viagens, passeios dispersa os conflitos. Evite que pessoas de fora mesmo familiares interfiram no relacionamento, às vezes querendo ajudar atrapalham. Por isso uma terapia de casal ajuda nesse momento, pois um profissional neutro que empaticamente vai pontuar as diferenças e apresentar saídas para um melhor relacionamento, e se não for mais possível , que a separação seja a mais amigável, pelo bem de ambos e da família. Muitos casais se separam e continuam com amizade isso é maturidade.
Concordo que não é fácil reconquistar e renovar o relacionamento varias vezes, mas aí esta o amadurecimento pessoal e social, quem busca relacionamentos e não encontra , pode estar em conflito consigo mesmo, e projeta no outro os próprios problemas.
Um bom relacionamento prevê sinceridade, honestidade, cumplicidade, respeito sem agressões, tente se colocar no lugar do outro, não fazendo ao outro o que não gostaria que fizessem com você.
Se não conseguir resolver dentro da família procure ajuda, é melhorar consertar uma relação do que trocar como fosse um objeto descartável.

Marco Antonio Garcia
Psicólogo clinico
Email.  marco.garcia357@gmail.com


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

                                                               Ódio

O ódio é uma emoção de aversão ao outro ou a si mesmo, uma antipatia, repulsa.
Será que o ódio é o oposto do amor?
Acredito que não é oposto, mas uma distorção do amor, pois quem ama realmente não pode odiar, o ódio é um amor apaixonado não correspondido, assim deturpa-se essa forte emoção. O amor é o sentimento mais sublime do ser humano quem ama de verdade não pode odiar nem odiar-se. Quem ama não mata.
O oposto do ódio para mim é a paixão, quando alguém se anula para o outro, se entrega ficando cega, também sendo um amor deturpado, relação fanática e patológica. Quando não se tem amor próprio, sente-se carente e tenta buscar no outro o remédio para curar-se, mas o remédio esta em nós e temos que nos amar para poder amar o próximo, o vazio esta dentro da pessoa, e nada externo vão preencher.
O amor é compreensão, perdão, respeito, cumplicidade, querer bem do outro, para que seja feliz mesmo com outra pessoa.
 No começo das relações pode sentir paixão, e depois de um tempo virar amor, ou pode virar ódio quando não é correspondido. O fanático não ama, pois acredita que esta certo e com a razão sempre, mesmo mentido para si e para os outros.
 Quando nos amamos honestamente podemos amar os outros.
O ódio é negativo, diferente da ira ou raiva, o ódio destrói a própria pessoa, seria como tomar veneno achando que o outro vai sentir os efeitos e morrer, quem odeia morre em vida. É importante compreender porque e quem está odiando, para enfrentar essa sombra (lado oculto da nossa personalidade), os radicais e fanáticos desenvolvem mais facilmente o ódio, que é o amor não correspondido, causando cegueira emocional, não vendo o ponto de vista do outro, não aceitando opiniões nem debatendo , culpando os outros pelos próprios erros, podendo se tornar violento e agressivo. Mostrando o lado animal instintivo, porem consciente, pois os animais irracionais agridem para se defender ou sobreviver, os humanos não, provocam situações de maldade conscientemente, mesmo se arrependendo depois.
Temos muito que evoluir ainda, estamos em transição, talvez um dia quando amarmos de verdade, o ódio será mais controlado e elaborado e seremos mais civilizados.

Marco Antonio Garcia
marco.garcia357@gmail.com

Psicólogo

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