sábado, 22 de dezembro de 2018


Constelação familiar

Somos indivíduos, mas nascemos em uma família, com influencias genéticas, hereditárias e ambientais, que moldam nossa personalidade pessoal e coletiva, tanto para o bem quanto para o mal.
Nossas características já são influenciadas antes de nascermos, pelos nossos ancestrais, influencias gestacionais, pelos primeiros anos de vida e pela vida toda.   
O termo constelação familiar, não tem nada a ver com astrologia ou astronomia, pela tradução do alemão seria o movimento dos corpos e seu posicionamento no seu ambiente familiar passado e presente.
Famílias mais equilibradas desenvolvem filhos mais saudáveis, enquanto que famílias desestruturadas passam para seus filhos influencias negativas e tendemos a repetir esses padrões ancestrais, isso chamamos de constelação familiar.
Separações litigiosas, agressões, desrespeito, falta de carinho e amor, pais ausentes, alienações parentais, vinganças, ressentimentos, inveja, ciúme desmedido, disputas financeiras e por herança, só prejudicam a união e a saúde emocional das famílias.
O campo da energia familiar é influenciada pela historia da família como já disse, com desavenças religiosas, e politicas desnecessárias, e se não rompermos essa historia, continuaremos a repeti-la, mas é possível rompe-la com conscientização e novas atitudes e hábitos.
Como diz o proverbio chinês “Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra”.  
Nossa família é a nossa sina, para o bem ou para o mal, podemos mudar se quisermos.
A terapia de constelação familiar pode ser individual ou grupal, com representações de papeis sociais como no psicodrama.
Os relacionamentos humanos são muito complexos, uma vez que temos conflitos internos, mas com dialogo, respeito, atenção e carinho, podemos resolver muitos conflitos, sem egoísmos e individualismos, mas com muito amor próprio.
Para resolvermos os conflitos precisamos defini-lo primeiro, buscando a verdade latente, encarando e encontrando as possíveis soluções, não é fácil, mas é possível. Quando ficamos magoados com alguém, por muito tempo, é porque despertou algum complexo nosso que não está resolvido internamente.
O templo é o senhor da solução, cada caso é um caso e leva o tempo necessário. O tempo voa, mas o piloto somos nós.
Não apresse o rio, ele corre sozinho...
Por isso viva o hoje, pois o passado é importante, mas já passou e o futuro, o amanhã não sei...


Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
E mail marco.garcia357@gmail.com





terça-feira, 20 de novembro de 2018


                                                            Envelhecer com sabedoria

                Quando somos crianças, queremos ser adultos e quando somos adultos receamos envelhecer sem qualidade de vida. O ideal seria aliarmos a juventude física e a experiência dos idosos. Como não é possível, devemos viver da melhor forma a fase de desenvolvimento em que estamos.
                A expectativa de vida em boas condições tem aumentado, para aqueles com recursos financeiros principalmente, e isso devido à medicina preventiva principalmente para a população idosa, devido aos avanços da medicina.
Ser idoso é diferente de ser velho.
Para se ter uma velhice saudável devemos:

                 
               Em primeiro lugar ter o reconhecimento pela sociedade, dos direitos dos idosos à equidade e a disposição para que tenham condição ambiental, social, econômica e habitacional, essencial para o bem estar.
Em segundo lugar, profissionais a fim de adquirir conhecimentos na medicina geriátrica preventiva.
 Em terceiro lugar, uma organização administrativa que garanta a utilização de recursos, a fim de conseguir melhor combinação de prevenção e de assistência à saúde. 
               O envelhecimento humano oferece vários desafios, e devemos enfrenta-los, pois todos nós estamos propensos a alcançar a terceira idade, isto é idade acima dos sessenta anos e somente vale a pena se for com qualidade de vida e integrados à família e a sociedade.
                Envelhecer é um processo tanto mental quanto físico, e a expectativa de uma vida longa é uma realidade do século vinte e um para a maioria das sociedades.
                Assim como outros grupos etários, os idosos enfrentam mudanças que desafiam seu bem estar físico e mental e incluem várias mudanças que são:
Mudanças de papeis sociais: com a aposentadoria, tendo mais tempo para viajar, para se dedicar a trabalhos voluntários, se sentir útil, solidário e ativo.
 Mudanças nos padrões familiares: de amizades e relações sociais, como o fato de ser avô ou avó, contar histórias aos netos, e percebendo as mudanças que ocorrem e cada vez mais rápido e é difícil se adaptar rapidamente, e é bom estar em contato com os jovens, para se reciclar.
Mudanças na situação econômica: principalmente se o idoso teve a felicidade de se aposentar com uma renda razoável, o que a maioria dos idosos, não consegue, pois muitas vezes precisam continuar a trabalhar para sobreviver, o que é uma vergonha em nosso país.  Mudanças no comportamento no corpo e na mente: Deve-se cuidar mais da saúde, tomando somente os remédios necessários, fazendo exercícios, formando e participando de grupos na comunidade religiosa do seu bairro; caminhe, pratique esportes condizentes com a idade. Não se isole, valorize-se, aumente sua autoestima, não se entregue às carências, alimente-se bem. Quanto à questão sexual, o desejo pode diminuir, mas não acaba, faça o que gosta; dance, brinque, transe, sempre faça coisas que se sinta bem, principalmente se você ainda tem seu parceiro ou parceira.
Mudanças de interesse e Oportunidades: Leia bastante, a mente deve estar sempre ativa. Uma das poucas coisas que quanto mais agente usa e mais tem é a inteligência e a sabedoria; transforme em ações seus desejos dentro do possível. Se puder freqüente uma universidade da terceira idade.

Viva intensamente cada minuto da sua vida, independentemente da idade, pois será um minuto a mais vivido com saúde e paz e um minuto a menos para viver.
O que se leva dessa vida é a vida que se leva.

Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
e-mail. marco.garcia357@gmail.com








terça-feira, 9 de outubro de 2018


                                                         Amar a si mesmo


Você se ama?
Está feliz com sua vida?
Procura tomar decisões em favor do seu bem estar?

                        Se uma pessoa não se ama,  não procura estar bem consigo mesma, não conseguirá amar verdadeiramente outra pessoa.
             Só pode amar quem se ama, o que é diferente de paixão, onde a pessoa se entrega a outra se anulando ou o ódio quando o amor não é correspondido.
            Amar é se respeitar, se aceitar como é para poder mudar e melhorar sempre, respeitando a individualidade do outro, sem ciúme ou inveja doentia, com confiança e cumplicidade e até amizade, mas com química física, e afinidade pelo outro.
            Aproximamo-nos pelas características positivas que mais chamam a atenção, enquanto que as características negativas nos afastam, pois não gostamos no outro aquilo que não gostamos em nós.
            Quem ama de verdade, vive o presente, e não fica preso no passado ou o futuro.             Quem se ama não guarda rancores, ressentimentos, magoas, pois compreende e tem compaixão, de si e do outro, se perdoando pelas falhas.
             Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos, nós também não somos perfeitos, devemos aprender sempre.
            Não existem príncipes nem princesas, como nos contos de fadas.
As relações se constroem através dos tempos.
            Encare a outra pessoa e a si mesmo de forma sincera leal e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos e dificuldades.
            O amor só é verdadeiro, quando encontramos alguém que nos ajuda a ser melhor do que somos, assim juntos voaremos como a águia e o falcão, próximos, mas livres um do outro, sem possessão.
Ter amor próprio é não depender de pai, mãe, parceiro (a), é ser interdependente e autônomo, é não ser nem egoísta nem altruísta.
            Prefira jogar frescobol ao tênis. No frescobol, colaboramos, jogamos para que o outro pegue a bola e devolva em parceria sem lutas pelo poder, enquanto que no tênis, jogamos para competir, ganhar do outro o tirando da jogada para vencê-lo.
            Quem se ama ou ama o próximo, não pode sentir paixão ou ódio, que são opostos. O contrario do amor é a indiferença típico dos sociopatas que enganam multidões.
            Quem ama passionalmente, apresenta dificuldades, como insegurança, fragilidade emocional, possessão, querendo controlar a vida do outro como se fosse uma mãe ou pai super protetor, e ai sofre por não ser correspondido.
            Estamos assistindo constantemente pelas mídias, noticias de relacionamentos passionais, com vinganças que chegam à morte com instinto de crueldade, que somente o animal humano é capaz de realizar quando desperta seu lado maléfico.
            Provavelmente quem não tem amor próprio, teve dificuldades na educação infantil com conflitos maternos e paternos, com sentimentos de abandono, rejeição ou super proteção, todo extremo é negativo, juntamente com sua personalidade egocêntrica não desenvolvida, sem limites e disciplina não conseguindo se libertar da prisão interior do controle das situações querendo que o mundo gire em sua volta, ao invés de girar em torno do mundo; não seja um sol prefira ser um planeta.
            O universo é muito grande seja um planeta em equilíbrio dentro de uma galáxia em desenvolvimento, seja parte desse todo e o não queira ser o todo.
Amar a si próprio não é egoísmo, pois quem se ama, ama o próximo, o egoísta não ama nem a si mesmo.
            Amor é respeito, cumplicidade, saúde mental, equilíbrio, sinceridade, auto-estima em equilíbrio, e paz interior consigo e com o outro.
Deus é amor.

Marco Antonio Garcia
 Psicoterapeuta de orientação Junguiana
Blog: psicologiaemartigos.blogspot.com.




quinta-feira, 27 de setembro de 2018


                                                                 Suicídio


Abordar o tema suicídio é muito difícil e de grande mistério. No mundo em média comete-se suicídio a cada 40 segundos, e não é divulgado pela mídia. Fora as tentativas de suicídio, e vem aumentando a quantidade, variando de país para país.
O suicídio é um ato individual com conhecimento e na busca de um resultado fatal que é a morte.
Varias causas são determinantes, muitas vezes os suicidas deixam sinais de pedido de socorro não entendidos ou levados a serio, violando o instinto de sobrevivência do ser humano.
A causa mais importante e determinante é a depressão, junto com outras emoções negativas. Outras causas que afetam tanto adolescentes, adultos ou idosos podem ser: doença somática ou psíquica, perda de pessoas amadas, divorcio, solidão, problemas financeiros, cobranças por desempenho profissionais e escolares, desesperança pelo sentido da vida, vícios em geral, abuso de medicamentos, medos e ansiedade em excesso, fazendo com que o individuo se sinta num labirinto sem saída, não se aceitando e não conseguindo se adaptar para enfrentar as dificuldades e problemas, encontrando no suicídio a possível solução, muitas vezes por vingança, achando que vai deixar as pessoas que conviviam com sentimentos de culpa.
A eutanásia aceita em alguns países é também um tipo de suicídio consentido devido a doenças terminais.
Para muitos a morte é a solução dos problemas independentes da crença nas religiões que pregam o castigo do inferno.
No entanto o suicídio é um ato de liberdade individual, com fatores biopsicossociais. Um ato de solidão solitária.
Fatores genéticos também aparecem como importantes no suicídio.
Muitos agem com impulsividade principalmente na adolescência que atualmente devido às tecnologias, redes sociais e jogos, voltados mais para o intelectual e racional, encontram dificuldades com fatores emocionais que causam frustação, não aceitando o não como resposta, tem levado muitos ao suicídio pela fragilidade e imaturidade emocional. Bem como o medo do futuro aumentando a ansiedade fóbica e pânica.
Com perda da autoestima, consumismo e identificação negativa.
O suicídio é democrático, atingindo a todos, pobres, ricos, famosos ou não.
Familiares, amigos e escola precisam ficar atentos aos sintomas apresentados bem como mudanças de comportamento repentinos, isolamento e jogos que induzem ao suicídio, buscando dialogar e indicar ajuda profissional antes que seja tarde. Um bom exemplo é o seriado da Netflix, 13 razões do porque, que aborda a questão do bullying e o suicídio de jovens entre outras causas.
A vida é difícil, por isso é um desafio que devemos enfrentar e superar para cumprir nossa missão existencial.

Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
Email – marco.garcia357@gmail.com







sexta-feira, 10 de agosto de 2018


Sofrimentos
                                                                                      

                  O ser humano convive com a insatisfação e constante conflito entre o SER e o TER. Vivemos numa sociedade ocidental capitalista materialista que valoriza o ter, e por mais que tentemos buscar a felicidade que é efêmera, voltamos à insatisfação que gera um sofrimento, uma angústia , porque nos apegamos , desejamos e necessitamos de coisas materiais, de forma possessiva, obsessiva, compulsiva, e nos martirizamos com nossos pensamentos, sentimentos, intuições e percepções, numa realidade ora pessimista ora otimista.
O imediatismo, a impaciência, a intolerância, a insegurança, a dependência, faz com que não estejamos satisfeitos com o que temos e somos, e cada vez mais cobrados por nós mesmos, pela família, e pela sociedade, não respeitamos nossas vontades e limites. Tudo faz parte de um processo de desenvolvimento e transformações e mudanças interiores e exteriores.
                    A vida é como uma estrada que liga uma cidade a outra, e nós estamos nessa estrada que simboliza o presente, assim sabemos pouco de onde viemos, só sabemos do passado e não sabemos para onde estamos indo, no entanto nos preocupamos muito de onde viemos que é o passado bem como para onde vamos que é o futuro, e deixamos de nos preocupar com o presente, que é o que temos e somos, por isso sofremos, e é difícil caminhar nessa estrada com muitos pedágios, perigos, retas longas, subidas e descidas, curvas fechadas às vezes escorregadias, às vezes com sol, às vezes com chuva, alguns trechos muito bonitos com muitas árvores e natureza, todos esses percalços, já seriam suficientes para nos preocuparmos com a vida presente.
       Gosto da filosofia budista e segundo o Buda Sidarta, temos que viver da melhor forma o presente, sem se apegar ao passado ou ansiar o futuro, se vivermos bem o presente, no futuro independente de existir outra vida ou não, pelo menos vivemos intensamente o presente, mas de forma responsável e com mais momentos de felicidade, no caminho da individuação.
      Sofremos porque nos apegamos a coisas e pessoas.      
                Quanto ao sofrimento, devemos aprender a lidar com ele, e extrair o que tem de bom, tirando lições e aspectos positivos mesmo nas piores situações, buscando as causas com calma e sabedoria, não tendo reações impulsivas, pensando para agir corretamente, pois cada um tem o problema e o sofrimento que precisa, por ser o seu próprio criador. Devemos aprender com as situações para conhecê-las e se conhecer e aceitar-se e se adaptar para viver bem e melhor. Se você estiver bem consigo, estará bem com o universo.
                    Ansiamos para ter respostas sobre a vida e a morte, devemos dar um passo de cada vez e assim continuaremos a caminhada existencial.  Devemos nos libertar da flecha do sofrimento e cuidar do ferimento e tirar lições e aprender sempre, somos eternos aprendizes e muitas vezes nos achamos mestres, mas o verdadeiro mestre é aquele que aprende enquanto ensina.
                    Sofrimento etimologicamente que dizer estar sobre ferros, e cabe a você se libertar da sua própria escravidão, não seja escravo de si mesmo, liberte-se para ter mais momentos de felicidade e amor próprio.
                      Seja compreensivo consigo e com os outros.
Pense criativamente, falando bem, a agindo de forma coerente.
Viva com vontade, não fazendo aos outros o que não gostaria que fizessem consigo, pois a lei de causa e efeito é cruel e o pior juiz é nossa própria consciência.  
Use o seu tempo da melhor forma; quem faz o seu tempo é você mesmo, encare suas fragilidades e transforme-as em virtudes e qualidades, só os corajosos conseguem isso.    
Com a solidariedade e humildade, conseguiremos despertar as capacidades latentes em nós, cultivando as sementes que estão adormecidas e assim surgirá a arvore da sabedoria que crescera espontaneamente de dentro para fora, e como flores e frutos teremos a ética, o amor, a verdade, a paz, a esperança, o respeito, o dialogo, a humildade, o equilíbrio, a compaixão, a fé, a tolerância, a serenidade. 
                       
Marco Antonio Garcia
 Psicoterapeuta de orientação Junguiana
E mail – marco.garcia357@gmail.com




segunda-feira, 16 de julho de 2018


Somos como gado?


        “Vida de gado, povo marcado, povo feliz”. Diz a musica.
        Será que é assim que gostamos de nos sentir, perante tantas mazelas do cotidiano.
        Somos um povo hospitaleiro, alegre, tropical, ou alienado, acomodado, conivente e corrupto.
        Enquanto nos conformamos com a nossa ilha da fantasia (Brasília), e outros poderes nos estados e municípios, onde poucos se divertem com altos ganhos, honestos ou não, a maioria se digladia, nas periferias ou até nos bairros mais chiques.
        A impunidade e o deixa para lá, ou o jeitinho aqui e ali, reina em nosso reino, mas não somos mais um reino, e sim uma democracia apesar de relativa e com castas camufladas, onde poucos têm proteção e bons advogados, onde o crime não pode compensar.
Devemos tornar nosso ambiente de convivência melhor, onde todos tenham diretos e deveres, respeitando e sendo respeitado trabalhando com competência e não por obrigação tanto nas empresas privadas quanto nos serviços públicos, onde muitos são tratados como gado, sendo mal atendidos e erradamente, com pedidos indeferidos por erros de servidores incompetentes ou sistemas desatualizados, com promessas de serem atendidos brevemente, ou aguardando até a morte.
         Enquanto poucos mamam nas tetas do governo que representam vacas leiterias sagradas intocáveis, outros são como gado capado aguardando para ser marcado e enviado para os matadouros (cemitérios).
        Será necessário derramamento de sangue como ocorreu em outros paises para que o povo seja reconhecido e valorizado, espero que não. Melhor seria uma revolução educativa mais saudável e não sangrenta.
        Devemos nos comportar como touros, ou toureiros e não como gado marcado e feliz com migalhas, com pão e circo; tenhamos consciência de que os tempos são outros.
        Chega de exploração e humilhação.
        Do pó viemos ao pó retornaremos, e espero que todos acertem suas contas no oriente eterno.
        Somos caçadores e temos que matar mais que um leão por dia.
        Não podemos nos conformar com a vida de gado que muitos levam, pois independente da raça do gado todos teremos o mesmo destino, não nos esqueçamos disso.
A lei da vantagem onde uns se acham melhores que outros fazendo greves pelegas, prejudicando o país, querendo levar vantagem em tudo e sobre todos.
         Devemos exigir respeito e respeitarmos, somente assim não seremos mais gado e poderemos ser um pouco mais felizes apesar de tudo e de todos aqueles que ainda acham que o povo brasileiro é gado marcado e feliz se contentando com pão e circo...




Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta Junguiano
E mail marco.garcia357@gmail.com


quarta-feira, 20 de junho de 2018


Bullying

       Bullying é uma palavra inglesa de difícil tradução, mas podemos entendê-la como humilhar, ameaçar, intimidar, zoar, apelidar maldosamente outra pessoa indefesa, um assedio moral.
       A maioria das pessoas passaram por isso nos bancos escolares, no entanto cada vez mais as agressões físicas e verbais se agravaram de alguns anos para cá. É necessário que a escola e os pais se unam para dar limites aos alunos e filhos, com esses desvios, caso contrario estaremos formando uma geração de marginais e vadios de difícil controle.
        O que achávamos engraçado e inocente cada vez mais é entendido como distúrbio de comportamento de algumas crianças e adolescentes que precisam se auto afirmar e como não conseguem isso de forma positiva e inteligente, tentam chamar a atenção para aspectos negativos com agressão para se destacarem no grupo, como valentões.
       Os professores e pais precisam estar atentos à alteração de rendimento e comportamento dos alunos e filhos, pois muitas vezes eles não relatam os fatos que ocorrem entre eles.       
       Segundo pesquisas recentes perto de 50% dos jovens admitem terem praticado ou serem vitimas desse desvio de comportamento.
        Esse atazanar acaba gerando problemas emocionais nos jovens. Os que atacam querem se mostrar fortes, valentes, lideres de gangues de marginais, enquanto quem é atazanado provavelmente apresenta comportamento de timidez, depressão e insegurança, assim ambos tem problemas que precisam ser encarados por todos.
        Chega de vandalismo e impunidade, o jovem agressor precisa de limites, disciplina e autoridade.       
O ECA, mal compreendido e aplicado só prejudica a relação entre escola e família, com excesso de direitos e poucos deveres. Não é essa geração que precisamos, pois queremos alunos preparados para a vida e não para as prisões ou cemitérios.
        È necessário denuncia e ação, a fim de eliminar a violência moral e física nas escolas.         Quem pratica o bullying, normalmente é medroso, que busca nesse seu medo, a força e poder do grupo. É vingativo, infeliz, podendo ter sérios problemas psicológicos, podendo até ter apoio dos pais, que achando bonitinho o filhinho valentão, sem perceber que ele pode cair numa cilada do seu próprio comportamento.
 Os pais são também responsáveis, muitas vezes por não darem atenção necessária, e superprotegem , dando presentes e atualmente informatizados para ficarem livres das atenções, podendo ser prejudicial ao desenvolvimento da criança achando que tudo pode, mas a vida não é assim.  
              Denuncie, adquira provas para punir esses malandros carrascos invejosos e incompetentes. A escola precisa estar atenta com seguranças, câmeras de filmagens, palestras orientadoras sobre o assunto.
       Precisamos de uma geração consciente politizada e só uma boa educação familiar e escolar se conseguira isso.


Marco A Garcia
Psicoterapeuta junguiano.
e-mail marco.garcia357@gmail.com






quarta-feira, 6 de junho de 2018


Serenidade


Ser sereno é ser tranquilo e calmo perante as adversidades e dificuldades que enfrentamos, é estar em equilíbrio harmônico consigo e assim por consequência com o mundo que nos cerca.
Será que conseguimos ser ou estar sereno nos dias de hoje?
Sabemos que é muito difícil, mas está na dificuldade o impulso e motivação que nos levara ao sucesso mesmo com os fracassos, o que não devemos é desistir. Vou focar na questão da auto aceitação.
Quando aceitamos uma situação, pessoa ou fato não quer dizer que estamos cedendo, sendo inferiores, ou desistindo dos projetos ou da nossa existência, e sim fortalecendo a base da nossa construção.
Para melhorarmos e evoluirmos precisamos aceitar, pois somente nos aceitando podemos nos transformar.
Toda aceitação serve de experiência e adaptação a novas situações. Aceitar não é se acomodar, mas servir de alicerce para as mudanças e amadurecimento constante.
Precisamos aceitar os lutos, perdas materiais e emocionais, as doenças, a ingratidão, nos perdoando e perdoando o outro, não se esquecendo da justiça.
Somente se aceita quem é forte e tem fé em si mesmo, com sabedoria e humildade.  Controlamos muito pouco, e quem é controlador sofre mais, por ser inseguro, possessivo, autoritário e não se aceitar.
Mudamos na existência, mas não na essência, tenhamos mais responsabilidades e menos culpas, não tomemos veneno achando que outro será atingido. Aceitar para mudar melhorando e se adaptando a realidade, gera paz, saúde e amor.
Aceitar é estar lúcido das causas e consequências, amplificando as situações para encara-las e resolve-las.
Aceitação gera movimento e não estagnação ou resistência a mudanças, expandindo nossa consciência existencial, abrindo caminhos, é estar presente no presente.

Jung diz: Não há despertar de consciência sem dor.
As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas por tornar consciente a escuridão.



Oração da serenidade

Concedei-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar.
Coragem para modificar aquelas que posso.
Sabedoria para perceber a diferença entre elas.
Precisamos viver um dia de cada vez, com menos ansiedade e sofrimentos desnecessários. Confiando nos seus potenciais e melhorando seu amor próprio, que é construído dentro de nós.
A felicidade é efêmera, mas o amor é eterno.

Marco Antonio Garcia
Psicólogo de orientação Junguiana.
Blog: psicologiaemartigos.blogspot.com.br


quarta-feira, 2 de maio de 2018


ESTRESSES
              


               O conceito de estresse tornou-se parte do senso comum, apesar de ainda sua definição ser imprecisa. Segundo a O.M. S., é considerada como uma “Epidemia Global”.
 Seu conceito surgiu com o fisiologista austríaco, Hans Selye em 1936, que o retirou da física, e quer dizer DESGASTE, de um determinado material sendo uma resposta do organismo a uma solicitação quando este está sobre tensão física ou psicológica, um desequilíbrio interior provocado por alguma causa exterior, que gera muita tensão, podendo atingir crianças, adolescentes, adultos ou idosos. Manifesta-se através da Síndrome Geral de Adaptação, causando desequilíbrio no organismo.
                  O ser humano, animal biopsicossocial, sempre teve estresse desde os tempos das cavernas. Com o advento da Revolução Industrial e as rápidas mudanças, as pessoas passaram a trabalhar mais, competindo, consumindo, se individualizando e se tornando cada vez mais solitário e cada vez menos solidário.   
                   O estresse pode ser positivo, e chamamos de eustress, quando o utilizamos para sermos mais produtivos e quando gostamos do que fazemos. A nossa existência deve ser dinâmica, e se nos deixamos levar pela monotonia, sedentarismo e a rotina, nos alienamos. 
Cada um tem o seu limite individual (desgaste), é este que devemos buscar, pois o que pode ser estressante para um, poderá ser prazeroso para outro. Temos o stress que faz bem, pois nosso organismo foi projetado para enfrentar as adversidades e devemos estar atentos e preparados para os desafios, como dizia Nietzche, o que não nos mata nos fortalece.
                   Devemos manter o equilíbrio entre o racional e o emocional, com a inteligência emocional, pensando com o coração.
                   Podemos identificar que estamos estressados quando nos sentimos “a beira de um ataque de nervos”.
As possíveis causas são: Catástrofes da natureza, acidentes pessoais, separações, casamento, parto, vestibular, morte, transito, estupro, assalto, violência em geral, férias para alguns, enfim qualquer mudança rápida na vida da gente que cause um DESGASTE físico e ou emocional.
 As consequências do estresse crônico que chamamos de distress, podem ser: queda de cabelo, insônia, pesadelos, hipertensão, perda ou ganho de peso, ansiedade em excesso, depressão, vícios em geral, problemas sexuais, podendo afetar todo o organismo causando um desequilibro no sistema imunológico, causando doenças psicossomáticas. É o desgaste com sofrimento.
Como lidar com o estresse?
Primeiro tentar descobrir as causas e combater os sintomas para mudar a situação ou pelo menos compreendê-la.
Tirando férias para descansar, desligar; passeando, viajando, em busca de paz.
Conversar, batendo papos agradáveis com pessoas agradáveis.
Praticar esporte, andar, fazer ginástica com recomendação médica.
Fazer o que gosta, por ex: ouvir musica dançar, cantar, sorrir, brincar, sonhar, relaxar, assistir filmes, TV, namorar, transar etc.
Mudar os hábitos, fazer as coisas com prazer.
Algumas dicas:
No trabalho, conviva melhor com seus colegas sem fofocas e invejas, neutralize , desvie a atenção, trabalhe com prazer.
Em casa com a família, dialogue, ensine e aprenda sempre, com aqueles que estão próximos.
Ouça aqueles que querem o teu bem.
Delegue poderes, seja democrático.
Aprenda a dizer não, quando necessário. Respeite-se e assim será respeitado
Seja solidário, tenha fé esperança e eleve sua autoestima e amor próprio.
O tempo não pode ser apressado, pois um minuto sempre terá sessenta segundos.
Tenha amor próprio, pois se você não se amar não amará seu próximo.
SEJA FELIZ, assim você usará o estresse para o seu próprio bem.   

Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta de orientação Junguiana
E-mail - marco.garcia357@gmail.com



sábado, 17 de março de 2018


                             Quem não tem medo?



Quem tem medo, levanta a mão.
Nossa! todos levantaram!
Ainda bem, pois todos têm medos.
Existe o medo real, importante para a sobrevivência, mas existe o medo irreal, irracional que nos devora.
A ansiedade é um medo que nos leva a enfrentar uma situação ou fugir dela, dependendo do caso, existindo desde os primórdios do animal humano e de todos os animais. No entanto quando a ansiedade passa dos limites normais, ela se torna patológica, com medos mais intensos, pensamentos obsessivos e compulsivos, estresses pós-traumáticos, fobias e até o pânico, que nos imobiliza.
Muitos dos medos são adquiridos na infância, com a educação recebida e com a imitação dos comportamentos.
Por isso recomendamos falar dos medos, enfrenta-los, caso contrario eles te devorarão como o enigma da Esfinge, que diz “Decifra-me ou devoro-te”.
Muitos dos medos e fantasmas então na nossa mente, tanto consciente quanto inconsciente.
A falta de afeto, que gera carência e baixa autoestima, recebida na infância cria uma autoimagem negativa sobre você mesmo, que é difícil de ser diluída e encarada ao longo do tempo.
O melhor remédio para o medo é o AMOR sincero e sem interesses, por isso é muito difícil de ser compreendido e sentido.
Vivemos muito intensamente com inseguranças, medo do abandono e rejeição, por isso acredita-se que temos o desejo de posse do outro com muito ciúme, devido à insegurança e dependência.
O outro não nos pertence, nosso corpo não nos pertence, ele volta ao pó. Somente nossa alma nos pertence, pois ate o espirito volta ao todo.
Então para que tanto medo irreal?
A resposta está no nosso inconsciente coletivo e pessoal. A nossa consciência tenta nos proteger, mas os instintos e as emoções são muitos mais fortes.
Recebemos muitas informações, estamos sempre atualizados com o que acontece, isso gera medo do amanhã, por isso viva o hoje.
Diga mais SIM do que NÃO para você mesmo. Não se torture tanto .
Elogie mais e critique menos.
Admire as coisas mais simples e belas, a natureza não precisa de ingresso para ser admirada.
Olhe para dentro de si, estão aí suas respostas , busque-as e assim serás mais feliz.


Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta de orientação Junguiana.
Blog. Psicoterapiaemartigos,blogspot.com.br






sábado, 10 de março de 2018


Paquera ou assedio



Muito se fala atualmente entre a diferença de uma paquera uma conquista e um assedio ou abuso.
Claro que é muito diferente.  Na paquera, existem olhares, respeito, sedução e conquista com o consentimento de ambas as partes.
No entanto no assedio, há provocação, toques, olhares e palavras sem educação, ofendendo o outro, podendo ser tanto do masculino quanto do feminino.
Existem outros tipos de assedio ou abuso não só entre homens e mulheres mais com crianças e idosos ou outros, mas não vou tratar desse tipo de assedio ou abuso aqui.
O papel do homem biologicamente é o de conquistar, proteger, agradar, sem forçar qualquer ato, antigamente as mulheres eram tidas como objetos sem importância, forçadas a fazerem tudo o que os homens queriam, sendo abusadas sexualmente, o que já seria errado, atualmente não se permite mais esses abusos, somos diferentes, mas devemos ter os mesmos direitos.
A mulher seduz, chama a atenção com roupas e gestos sensuais, mas não da o direito ao homem, mexer mal educadamente sem consentimento. Tantos os machistas quanto à femistas, que é diferente de feminismo que é um movimento, estão nos extremos, lutando por conquistas que não evoluem a civilização.
O romantismo ainda deveria ser a arma da conquista, usando sentimentos nobres como o amor. Qualquer ato de agressividade quer seja um olhar, palavras ou fisicamente, usando do poder tanto financeiro, da influencia, quanto da força, deveriam ser abolidos, digo isso de ambos os lados, pois também existem mulheres que usam essas influencias para seduzir e conquistar. 
Os excessos e as perversões estão em todos os sexos, aqueles que os aceitam que se responsabilizem por eles.
O animal humano ainda está em evolução e vai demorar muito para aprender a se respeitar e respeitar o seu próximo.
Os assédios e abusos, nem estou falando de estupro que é crime, deveriam ser combatidos, quem os pratica quem quer que sejam provavelmente tem problemas psíquicos que deveriam ser tratados e punidos pela lei. 
Somos seres complementares, precisamos uns dos outros para aprender e se desenvolver, assim o maior remédio é o amor , que respeita, compreende, aceita, ajuda o próximo na busca da felicidade interior.
Os encontros devem ser por afinidade, consentimento, química sexual, aqueles que não praticam esse tipo de relacionamento, se isolam, muitas vezes atacam por medo de ser atacado, por insegurança e fragilidade, usando da agressividade como escudo ou armadura, que protege por fora, mas por dentro é fraco e covarde.
A paquera e o flerte existem até entre os animais, com os rituais de conquista, que são saudáveis, mas sem agressividade e falta de respeito, todas as partes deveriam buscar o equilíbrio e os limites, todo excesso deve ser combatido e punido.
Portanto sejamos mais civilizados com respeito e confiança, pois o verdadeiro amor liberta e não prende.
Durante o carnaval, onde quase tudo é permitido, porem com respeito, o lema deste carnaval entre as mulheres é NÃO É NÃO.


Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta de orientação Junguiana
Blog: psicologiaemartigos.blogspor.com.br







sábado, 13 de janeiro de 2018

Benefícios do Pensamento positivo


Somos o que pensamos e acreditamos desde a infância.
Sabemos que os tempos não estão fáceis, mas antigamente também não estavam, porem numa outra realidade e momento.
Então o que fazer?
Ficar reclamando se fazendo de coitado e vitima.
NÃO
Precisamos buscar o que desejamos e queremos pensar positivamente, ter FOCO naquilo que queremos. Nosso subconsciente é irracional e nos obedece.
Precisamos fazer a diferença, sair do lugar comum.
Claro que tem muitas pessoas com transtornos, principalmente de ansiedade e depressão que tem mais dificuldade em manter o foco e a ação, mas tem que tentar repetir e acreditar sempre, vencer as amarras do sofrimento, não sendo escravo de si mesmo.
Muitos se auto boicotam, com dificuldades e complexos oriundos da infância ou anterior desde a gestação, como também de influencias genéticas.
Dize não vou conseguir, vai passar para o sub consciente que não quer conseguir, retire o não e diga vou conseguir, eu posso, eu mereço. Medite repetindo mantras positivos.
Não se compare aos outros, cada um é o que é, siga o seu caminho trace o seu destino, pois depende de você. As pessoas que conseguiram sucesso é por que persistiram e não desistiram, o fracasso faz parte do sucesso, e serve de aprendizagem assim como o passado.
Imitar o sucesso do outro não dá certo, o dele é dele, siga o seu, sua intuição. Não se deixe enganar por falsos profetas e pessoas que prometem riqueza, o que vem fácil, vai fácil.
Nossa sociedade passa por momentos de muito imediatismo, solidão, individualismo, tudo tem que ser para ontem, com pensamentos acelerados, não adianta antecipar o futuro, ele não chegou, e não chegará se não for planejado com disciplina e ordem.
Viva o presente que é efêmero, mas é real.
Siga a Lei da atração, somos o que queremos, então diga para você mesmo.
O que eu quero?
Como posso fazer o que quero?
Desistir jamais persista, as pessoas de maior sucesso repetiram milhares de vezes até conseguirem. Seja corajoso, que também teme, mas enfrenta. Pense com o coração.
O fundo do posso pode servir de estimulo para voltar à tona.
TUDO PASSA AS COISAS MUITO RUINS E AS COISAS MUITO BOAS, BUSQUE O EQUILIBRIO, O CAMINHO DO MEIO.
ASSIM SEJA...


Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta de orientação Junguiana.
Blog. psicoterapiaemartigos.blogspot.com.br





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