sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Carinhos ou espinhos.


Li uma lenda de Claude Steiner, que  gostei muito, assim repasso a vocês para refletirem:
Era uma vez, uma cidade como todas as outras e ao mesmo tempo diferente porque naquela cidade todo mundo era feliz e com saúde.
Certa vez, uma bruxa resolveu se instalar na cidade e como toda bruxa má que se preza ela vendia poções, mas ninguém queria comprar suas poções, então ela contratou uma empresa de marketing, para ajuda-la a vender. Após pesquisas lhe trouxeram o resultado. Naquela cidade todo mundo ao nascer vinha com um saquinho mágico, em que nele havia uma substância realmente mágica que quando era ofertada a alguém, essa substância crescia envolvendo tanto quem deu como quem recebia proporcionando uma autêntica sensação de paz e de felicidade.
O nome da substância mágica era "Carinhos Quentes"; e todo mundo doava e naturalmente, recebia os carinhos quentes e assim todos eram felizes e saudáveis não precisavam dos produtos da bruxa. Então ela convenceu um casal e disse a eles que se continuasse a doar os carinhos, poderiam acabar e os convenceu disso. Assim eles resolveram não mais doar os carinhos quentes.
Aos poucos todos na cidade começaram a fazer o mesmo, desde as crianças até os idosos, se tornando egoístas, guardando para si os carinhos quentes. Aos poucos os habitantes passaram a sentir um vazio e triste, e começaram a comprar os produtos da bruxa, deixando-a rica. No entanto as pessoas começaram a adoecer e morrer. Preocupada com as mortes, e a queda das vendas, a bruxa então lançou novo produto; os espinhos frios, que serviam para ferir as pessoas, que não morriam mais, mas continuavam tristes e doentes pela troca dos espinhos frios. A bruxa consultou sua equipe e resolveram colocar os espinhos frios em um saquinho, parecido com os carinhos quentes, com o nome de carinhos de plástico. As pessoas compravam, mas continuavam tristes e doentes.
Um belo dia voltou à cidade um casal que estava estudando fora e continuou a doar os carinhos quentes que tinha, e a bruxa não conseguiu convencê-los do contrario. No inicio foram criticados por doar seus carinhos quentes, mas não desistiram, enfrentando as resistências e criticas, sem dar ouvidos à bruxa e aos demais habitantes alienados. Ambos estavam felizes e assim as pessoas aos poucos voltaram a doar seus carinhos quentes, aumentando-os e a bruxa continuava a tentar convencê-los do contrario, sem sucesso.




Moral da lenda:
A vida é como uma roseira, com espinhos, flores e aromas. Você é quem escolhe como cuidar dessa roseira dentro de cada um de nós. Estar com saúde ou doente, depende de você.
Dar carinho aumenta sua generosidade e por consequência sua prosperidade e amor próprio. O egoísmo destrói a si e aos outros pois afasta as pessoas.
Você tem o livre arbítrio, pode escolher em doar os carinhos quentes, os espinhos frios ou os carinhos de plástico...

Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta.
Blog: psicologiaemartigos.blogspot.com.br



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