terça-feira, 13 de dezembro de 2022

 

                                                        Distimia

 

 

 

Distimia quer dizer mau humor constante.  É um estado de depressão crônica, constante, porem leve, podendo durar anos ou pela vida toda, pode surgir na infância, adolescência e perdurar por toda existência. Também conhecida como TDP (Transtorno depressivo persistente). É um estado de espirito de quem não esta bem disposto para a vida, desgostoso com tudo e reclamando e se irritando com tudo.

O individuo é visto pelos outros como negativista, “mal humorado” e pessimista, são ansiosos, se irritando com tudo e com todos, com frustrações, desânimos pela vida, sem energia vital, com baixo astral; tem problemas com o apetite, com o sono, sem concentração, fadiga constante, dificuldade de tomar decisões. São pessoas exigentes, perfeccionistas, impacientes, com auto estima baixa, muito criticas consigo e com os outros, tem dificuldades de se relacionar, evitam ir a festas, podem ter dificuldades profissionais dependendo da profissão. Muitos a veem como pessoas “chatas” , para se relacionar, ficando muitas vezes solitárias, e tidos como queixosos de tudo, como aquele personagem do desenho, a hiena Hard, que dizia, “oh vida, oh dias , oh azar”.

Muitas vezes pode parecer características da personalidade, sendo chamadas de preguiçosas, vagabundas, e mandrionas, mas é preciso ter paciência e orientar essas pessoas, podendo ser distimia que pode ser leve ou mais grave e é muito sofredor.

E quanto mais reclamam, pior ficam não é verdade! .

Muitos fatores podem potencializar a distimia, como:

Problemas familiares entre pais e irmãos.

Fatores hereditários de depressão.

Repressão, alcoolismo, ter doente incapacitante na família, estress extremo, podendo causar fobias ou pânico, doenças graves na infância ou adolescência.

Pode acometer crianças, adolescentes e adultos sendo mais comum em mulheres do que em homens.

Precisa ser diagnostica e tratada com psicoterapia e medicamentos antidepressivos no inicio, até que a pessoa possa ter o controle sobre a doença. O importante e reconhecer e aceitar a doença, e procurar ajuda para superar ou como saber lidar com o problema, ser mais forte , tendo energias para superar as dificuldades e não se entregar .

 

 

 

 

 

 

 

 

Muitas vezes não há cura, mas controle da doença.

Sendo a busca para a individuação e o equilíbrio energético.

 Quem se identificar, busque ajuda, e ajude quem estiver com distimia, pois é sofredor este estado.

A vida é dura, mas é bela...

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo  e psicoterapeuta.

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

 

                         Insônia   (parte 2)

 

 

 

Dando continuidade ao tema  que é longo e complexo.

Segundo a psicossomática, quem sofre de insônia, tem dificuldade em desapegar-se do controle consciente e tem medo do próprio mundo inconsciente, e assim levamos para a noite nossos pensamentos, preocupações, e pelo contrario deveríamos usar o sono e os sonhos para nos darem possíveis soluções de problemas do cotidiano e não lutar contra eles, buscando soluções.

O que as pessoas que sofrem de insônia deveriam aprender é  encerrar o dia de tal forma que possam entregar-se totalmente à noite e as leis que a regem, e tentar descobrir o que está na raiz do medo e enfrentar.

O que falta aos insones é  autoconfiança para entregar-se e desapegar-se  da vida material e relaxar e pedir ajuda ao inconsciente,   seu mundo interior. Para podermos relaxar devemos  nos desligar do dia, da parte racional, consciente, pois tudo que é monótono aborrece o hemisfério esquerdo da córtex cerebral  e faz com que ele abandone  o controle, passando  para o lado direito que é menos racional. Meditação, oração, contar carneirinhos, concentração em um ponto fixo, observar  pêndulos de equilíbrio, prestar atenção na    respiração, nos batimentos cardíacos, fazer o que não gosta, forçando a mente  a relaxar, ajudam a levar da atividade para a passividade.

Se precisar tomar algum medicamento para dormir em momentos de crise, procure ajuda profissional, mas cuidado com a dependência.

Os insones crônicos têm medo da noite.

Quem trabalha a noite, ou viaja muito ou tem horários variados poderão ter mais dificuldade para dormir bem, devido ao nosso relógio biológico.

No outro lado, quem tem sono excessivo, dificuldade de acordar, deve analisar o seu medo diante das exigências do dia a dia. Acordar é enfrentar responsabilidades, dormir é entrar em contanto com um mundo melhor, mais fantasioso, infantil.

Assim como o ato de adormecer tem relação com a morte, o despertar se assemelha ao nascimento. O problema está na unilateralidade.

A solução é o meio-termo, o equilíbrio, que é dinâmico e assusta as pessoas, levando-as para os extremos que são mais estáticos. Por isso, a morte e o nascimento são arquétipos, pois estão enraizados em nós e fazem parte de um processo existencial sem limites no tempo e no espaço.

Durmam em paz sem medo de morrer, e acordem como estivessem nascendo para uma nova vida todos os dias, sei que é difícil, mas devemos tentar e acreditar sempre.

Nossos dias atuais não estão fáceis em vários sentidos, mas fiquemos tranquilos, acreditando em si mesmos, para enfrentar o dia a dia, de uma forma mais saudável e feliz com paz e saúde, sem medos, pois a cada noite morremos e nascemos para um novo dia, como uma fênix e que o dia de hoje seja melhor que ontem e pior que o amanhã.   

 

Marco Antonio Garcia 

Psicólogo e psicoterapeuta.       

 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 

 

INSÔNIA (parte 1)

 

 

          É grande o numero de pessoas que sofrem de distúrbios do sono, e podem ser crônicos ou esporádicos, e muitas vezes tomam pílulas para dormir, que combatem os sintomas, mas não as causas.

 A insônia pode ser consequência de muitos distúrbios mentais , bem como questões ambientais (pressões profissionais do dia a dia), físicas (dores, comida, bebida, ronco e vícios em geral) e psicológicas (estresse, depressão, ansiedade, etc.).

 O sono é uma necessidade humana primária, assim como o sexo, a fome etc. O sono repousa nosso corpo, tanto que passamos em media um terço de nossa vida dormindo. No entanto para dormirmos bem, tanto nós humanos como os animais, procuram locais seguros, confortáveis e silenciosos.

O sono tem vários estágios, começamos com o sono leve, depois o moderado e depois o sono profundo que é fundamental para o repouso do corpo e liberação de hormônios, após esse período, sonhamos, que é o sono REM (movimento rápido dos olhos) e tudo recomeça.  Se não dormimos bem, acordamos irritados e cansados.

 Os sonhos representam vinte e cinco por cento do sono e são muito importantes para a nossa existência, e ás vezes não damos o devido valor, e a conseqüência pode ser a insônia, principalmente quando confundimos realidade com fantasia e preocupações com medos. A glândula pineal e o hormônio melatonina são responsáveis pelo bom sono. Ficar ligado às redes sociais e ao celular ou tv, não ajuda a dormir e sim a despertar.

Devemos dar a mesma importância que damos á nossa vida diária à nossa vida onírica, quando fazemos isso nos sentimos em paz, mas se a nossa vida diária não está bem, nossa vida onírica isto é a do mundo do sono e dos sonhos também não vai estar bem.

Lembro-me de um trecho de uma musica que diz mais ou menos assim: “Sonhei que estava acordado, acordei para ver e estava dormindo”.  Se conseguir se lembrar dos sonhos é bom, pois ele tem importância e significado, e compensam o nosso psiquismo.

O sono é uma necessidade, é restaurador para o corpo e a mente, com mais idade temos mais dificuldade para manter um bom sono, devido ao metabolismo que fica mais lento.

Muitas pessoas associam o sono com a morte. Quando dormimos relaxamos nossos controles, e o sono exige que nós confiemos e nos entreguemos ao desconhecido, ao inconsciente, mas ficamos desconfiados e com medo. Se não dormimos bem é porque não conseguimos nos desligar da vida consciente, que é quando estamos acordados.   Quando temos insônia, é porque estamos com medos; dos nossos sentimentos, do que é irracional, de perdas, ansiedades, do inconsciente, do mal, da escuridão, da solidão e da morte.  

Apegamo-nos muito ao nosso intelecto, a nossa consciência diurna,e não nos desligamos nem à noite dormindo, dizendo que não sonhamos ou não nos lembrando dos sonhos, mas o sono nos leva ao reino da noite, sendo Morfeu o deus do sono e dos sonhos, que permite-nos viver em nossos sonhos,  e aquilo que deixamos de viver durante o dia e assim restaura o nosso equilíbrio psíquico, no processo compensatório.

Continuamos na parte 2.

 

 

Marco Antonio Garcia

 

Psicólogo e Psicoterapeuta

 

 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

 

Esquecimento

 

Todos nós já esquecemos algum objeto, lugar compromisso ou lembranças. O esquecimento faz parte do funcionamento da memoria cerebral.

Esquecer é normal e necessário para dar lugar a novas ideias para nossa consciência. Muitos conteúdos ficam no subconsciente ou inconsciente, quando precisamos nos lembrar, eles emergem,  se for importante caso contrario esquecemos por que não precisamos ou não queremos lembrar.

Com o passar dos anos nossos neurônios vão morrendo e temos a tendência de esquecer pequenas coisas principalmente memorias recentes.

A partir do momento que o esquecimento interfere na vida cotidiana, comprometendo a independência pessoal e social, começa a preocupação.

Transtorno neurocognitivo ou demência é o conjunto de sintomas e alterações na memoria de longo, médio ou curto prazo, afetando o raciocínio, julgamento, linguagem e o pensamento.

Fique atento quanto tiver alterações no humor sem motivo, guardar objetos e não se lembrar onde estão ou ficar mais lento nas atividades, esquecer palavras comuns, repetir as mesmas perguntas com frequência, esquecer onde está e se sentindo perdido.  A doença mais comum é o Alzheimer, que é grave e pode ser hereditária.

Algumas causas dos esquecimentos podem ser a  depressão, muita ansiedade e estrese, transtorno do sono, síndromes metabólicas e endócrinas, medicamentos, traumas, alcoolismo etc.

Nossa memoria é seletiva, às vezes esquecemos o que não queremos nos lembrar, como um mecanismo de defesa do ego, ocorrendo ate atos falhos.

Muita preocupação e tensão no dia a dia com excesso de visualização nas mídias sociais e estímulos esternos prejudicam a memoria, podendo ter um apagão dando um branco quando você mais precisa se lembrar, como num vestibular, com medo de errar e não dar conta da pressão.

Por isso não se cobre tanto, respeite seus limites, a vida é feita de bons momentos, os ruins tente supera-los e não sofrer tanto por eles, que estão no passado.

Anote os compromissos futuros, você não é um supercomputador com HD cheio.

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta

 

 

 

 

 

terça-feira, 19 de julho de 2022

 

T.E.A.

 

       T.E.A. é o Transtorno do Espectro Autista, apresentando diferentes condições e perturbações no desenvolvimento neurológico da criança com muitas dificuldades no relacionamento social com características em conjunto ou separado.

Com dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem, no uso da imaginação em jogos simbólicos e dificuldade de se sociabilizar e com comportamentos restritivos e repetitivos que são gradativos dos mais leves aos mais graves.

Apresentando dificuldades de manter o contato visual, com gestos, sem emoção, com manias, apegos a rotinas, com interesses a coisas especificas, mas com habilidades incríveis, sendo detalhista com ótima memoria e concentração.

O autismo pode ser clássico, síndrome de asperger ou com distúrbio global.

Afeta mais os meninos do que as meninas, se estendendo desde a infância ate a adolescência e vida adulta.

 As causas não são totalmente conhecidas, pendendo para predisposição genética, no desenvolvimento do feto durante a gravidez e fatores ambientais como estresse, infecções, substancias toxicas, questões metabólicas etc.

 Quando mais precoce for o diagnostico melhor o tratamento e desenvolvimento.

O tratamento é muito diversificado e multiprofissional e longo, podendo precisar de medicamentos dependendo do caso.

O papel da família e da escola é muito importante na orientação e apoio.

A AMA, Associação dos amigos dos autistas presta serviços relevantes nesse sentido.

É preciso ter muita paciência e amor para lidar com os autistas, com aceitação e adaptação a realidade e tratamento adequado em conjunto com a família e escolas apropriadas e preparadas.

Infelizmente ainda não existe cura, mas muita melhora do quadro.

Precisam ser muito amados por todos.

Desistir jamais...

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

 

T.O.C.

 

 

          O que é o T.O.C.?

          Sigla conhecida como Transtorno Obsessivo Compulsivo, parece ser o mal da década, fazendo parte dos transtornos de ansiedade.

          O T.O.C. se manifesta pela presença de sintomas que denominamos obsessões e ou compulsões.

           As obsessões são pensamentos, imagens ou idéias que habitam a mente da pessoa com esse transtorno, de forma constante e perturbadora, gerando grande ansiedade, sofrimento e stress mental.

          As compulsões são comportamentos repetitivos que a pessoa é levada a realizar para tentar aliviar a ansiedade causada pelos pensamentos obsessivos.

          Há varias formas de T.O.C., alguns têm somente os pensamentos obsessivos, não precisando realizar rituais para aliviá-los, mas são bastante perturbadores, outros tem apenas as compulsões, que são os rituais físicos, ou os dois juntos dependendo do grau da ansiedade, causando grande medo irracional.

          Todos nós temos um pouco de cada transtorno psicológico, o que não podemos é ter muito de um só. Quando nascemos precisamos dos cuidados maternos de alimentação, limpeza, segurança que não podem ser exagerados para não alimentar uma possível tendência ao T.O.C.

           O que diferencia o transtorno são a intensidade, o sofrimento e a incapacidade que pode levar o indivíduo ficar dependente e inseguro com muitos medos irracionais, que são medos prospectivos, e estão no futuro, que ainda não chegou, gerando ate paranoias.

           O portador de T.O.C. tem consciência dos problemas, mas não consegue se conscientizar deles, por serem mais fortes que ele, e precisam de ajuda para aprenderem a controlar esses pensamentos e ações compulsivas e nocivas ao seu bem estar diário.

           O T.O.C. pode aumentar ou sair do controle perante situações de mudanças na vida, em qualquer idade, principalmente na adolescência, causando maior ansiedade, mesmo que sejam mudanças boas, que devido à insegurança da pessoa, desperta o T.O.C. que estava sobre controle.

          O T.O.C. é muito antigo, sempre existiu, mas não se conhecia suas causas e sintomas, a partir da década de setenta os medicamentos e tratamentos tem evoluído.

          O que desencadeia o T.O.C. são alguns neurotransmissores presentes no sistema nervoso podendo ser tratado com medicamentos e psicoterapia adequada, individual e familiar.

           As possíveis causas são a combinação de fatores genéticos hereditários e o ambiente, principalmente o familiar, essa combinação aumenta o grau de ansiedade, despertando o T.O.C.

          Outras manias e tiques nervosos podem se confundidos com o T.O.C., como a tricotilomania, Síndrome de Tourette, anorexia, bulimia etc., por isso é necessário um diagnóstico diferencial.

          Diagnosticado corretamente, o tratamento inclui medicamentos psiquiátricos, psicoterapia comportamental, ou profunda, envolvendo a família que será orientada como lidar com o conflito. Deve-se canalizar essa ansiedade para algo produtivo, tendo-se a ansiedade como aliada e não como inimiga, aproveitando o lado bom do T.O.C. para ser produtivo e útil. Muitas pessoas de sucesso tem esse transtorno e são muito produtivas apesar do sofrimento.

          Deve-se questionar o delírio e não o delirante.

Para se viver melhor é preciso fazer exercícios físicos, ter um bom relacionamento social, se alimentar de forma saudável, ter inteligência emocional, controlar o estresse e ter um bom sono.

          O T.O.C. pode e deve ser tratado para que o individuo volte a ter uma vida produtiva e útil, pelo seu bem e pelo bem da sua família e amigos, tem controle, mas não cura.

Cuide-se...

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e Psicoterapeuta.

 

 

 

 


domingo, 1 de maio de 2022

 

T.D.A.H.

 

 

O TDAH é o transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade, tendo causas genéticas desde a infância ate a vida adulta, ocorrendo em media 5% das crianças.

As principais características são:

Desatenção com falta de foco e concentração sendo distraído e avoado.

Pode ter só a falta de atenção ou hiperatividade com dificuldades nos relacionamentos com outras crianças e na escola, apresenta comportamentos estabanados e agitados, não parando quietas sem regras e limites, baixa autoestima, dificuldade em ouvir os outros, não terminam as tarefas que começam, e ocorre mais em meninos do que em meninas.

Na fase adulta, apresenta desatenção no trabalho com memoria seletiva, sendo também inquietos e impulsivos chamados às vezes de egoístas, podendo desenvolver vícios, ansiedade e depressão. Podem ser muito produtivos e proativos em algumas atividades.

As causas estão ligadas a parte frontal do córtex e suas conexões, responsável pelo comportamento, autocontrole, organização e planejamento, causado por alteração nos neurotransmissores, dopamina e noradrenalina, com causas hereditárias e influencia ambiental.

Fatores gestacionais e familiares com vícios e estresses podem influenciar o TDAH, podendo se associar com TOC, TOD ou TEA. Tendo casos leves e outros mais intensos. Leia o livro Mentes inquietas por Ana Beatriz Barbosa Silva.

O tratamento é multidisciplinar, com medicamentos, orientação aos familiares e professores, também com psicoterapias do tipo TCC.

É importante o diagnostico mais precoce possível, para não prejudicar o desenvolvimento biopsicossocial.

Algumas dicas:

Faça elogios por atitudes boas, evite criticar sem argumentos.

Não fazer comparações com outras crianças.

Dialogar, com paciência e equilíbrio emocional, respeito com regras, limites e disciplina saudáveis.

Se coloque no lugar do outro com empatia.

Quem ama cuida e se cuida.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo Clinico

 

quinta-feira, 14 de abril de 2022

 

                                                                   

                                                         Amor materno

 

 

          Ser mãe é padecer no paraíso?

Nem todas concordam com essa frase.

Somos animais humanos com inteligência e consciência, cuidamos da nossa prole , quando nascem, ou morreriam em poucas horas.

Perpetuamos a espécie, ou ela se extingue. No reino animal, verificamos que quando os filhos nascem precisam ser mais independentes e autônomos, senão morrem, e só sobrevivem os mais fortes.

Questiona-se se existe o instinto materno, acredita-se que é mais uma questão hormonal, biológica e cultural. O cuidar dos filhos é muito relativo, tem mães que cuidam por amor, outras por necessidade e outras terceirizam o cuidar, com amas, como antigamente, avós, babas, creches e escolas infantis, muitas vezes por motivos profissionais.

Nem todas as mulheres querem ser mães biológicas, o que é um direito, mas as questões culturais e sociais às vezes as obrigam emocionalmente.

Todos nós não pedimos para nascer, mas uma vez colocados no mundo, precisamos de cuidados. Assistimos no mundo muitas crianças abandonadas e indefesas, muitas morrem por falta de cuidados, isso é cruel.

É de muita responsabilidade ter filhos não só das mães, mas dos pais que muitas vezes se preocupam em fecundar e abandonam as mulheres, nesse mundo machista e violento muitas vezes. Não é fácil ser mulher, principalmente mãe, mas quando se tem apoio do companheiro e da família se torna mais fácil, o amor materno é insubstituível.

 Os papeis sociais aumentaram nos últimos anos principalmente para a mulher que precisa e gosta de atividades profissionais, e conciliar todas as tarefas estressa e cansa, por isso é preciso pensar muito antes do casal decidir ter filhos, muitos preferem pets, para preencher vazios emocionais ou adotam filhos.

No livro mães arrependidas, da socióloga israelense Orna Donath, ela entrevista mulheres que dizem amar muito os filhos, mas não gostam de serem mães, devido à pressão social que sofrem sobre a maternidade, com frustrações, também com prazeres, duvidas, alegrias, medos, cobranças, responsabilidades, muitas vezes sem o apoio do pai que também deveria dividir dentro do possível as mesmas responsabilidades, e às vezes abandonam as mulheres e se separam por não suportarem a responsabilidade, mas temos alguns que são mães de gravata que ajudam, mas ainda são poucos.

Ter filhos é maravilhoso, não tem doutorado que ensine como educar, o que é muito difícil sendo o dia a dia e cada caso é um caso.

Tem um ditado que diz: depois que pariu, nunca mais dormiu bem.

É um amor incondicional para quem decide ter, mas deve assumir e

ter o dever de cuidar bem com qualidade de tempo e dedicação.

É um direito também a opção de não ter filhos, a lei permite após os vinte e cinco anos o homem ou a mulher decidir, fazendo a laqueadura ou a vasectomia.

Temos vários poemas sobre filhos, pesquise, cito apenas um o Enjoadinho de Vinicius de Morais.

Quem ama cuida.

 

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo Clinico

 

 

 

 

 

Indecisão

 

           Todos nos deparamos diariamente com tomadas de decisões, algumas acertamos outras não. Tomar decisão não é fácil, mas é preciso.              

          O mundo nos cobra para sermos decididos, e quem tem essa habilidade, com certeza terá mais sucesso nas áreas profissional e pessoal, enquanto que quem tem dificuldades, ou seja, é indeciso, terá maiores obstáculos para superar e evoluir profissionalmente e emocionalmente.          

                   Tem pessoas que deixam que o tempo passe para resolver os problemas, procrastinando, às vezes funciona, mas em alguns casos precisamos tomar decisões importantes para o nosso bem pessoal e profissional.

                    É melhor, escolher ou ser escolhido ou esperar que os outros decidam por nós. Será por insegurança, medo da responsabilidade, medo de errar, mas só erra quem faz, o importante é pensar sobre o problema e buscar a melhor solução.

Quem é indeciso, fica paralisado, inerte, e quando toma uma decisão , nem sempre concorda, resiste, em aplicar a solução e se sente vitima.

                  Existem formas para nos ajudar a tomar decisões.

                   Primeiramente devemos fazer uma lista das opções, escrever num papel, e priorizar as decisões. Os indecisos são indisciplinados, principalmente se forem muito ansiosos e com TOC.  Tem dificuldades em saber que pode ter varias opções ou saídas para o problema.

                    Em seguida, devemos pensar, racionalmente sobre as opções escritas, e verificar quais sentimentos temos. Devemos observar esses sentimentos, e classifica-los entre os possíveis ou não, sem ter pressa, não agir impulsivamente.

                    Eleja prioridades com foco, nas decisões mais importantes, a indecisão é uma questão emocional, de confiança em si próprio, acreditar em si, e saber que é capaz. Fixe seu pensamento nas melhores decisões eliminando aquelas com menos chances, sabemos que essa etapa é difícil para os obsessivos, mas tem que insistir e pensar positivamente sendo otimista e mantendo a esperança.

                    Concentração na solução escolhida é importante, não vacile, não olhe para traz, acredite que sua escolha foi a melhor, acredite na decisão e escolha tomada, seja leal com você mesmo, não se traia.

Pense em você, tenha amor próprio, não se preocupe com o que os outros vão pensar, alguns concordarão outros não, mas só você sabe o que é melhor para você, se repeite, para ser respeitado.

                    Elabore a sua inteligência emocional, pense positivamente, use sua ansiedade ao seu favor e não contra. Você pode até errar, mas tomou a decisão mais acertada para o momento, e terá mais experiência para outras situações da vida. Às vezes nos arrependemos do que fizemos , mas foi a melhor opção do momento, que sirva de lição para próximas situações.

            Crescer e amadurecer não é fácil, faz sofrer, mas fortalece. Enfrente as barreiras e as resistências da impotência.

Suas dificuldades estão no passado, mas o passado já passou liberte-se dele, viva o presente, projetando o futuro, mas com o pé no presente.

Quem vive no passado se sente enterrado vivo, angustiado e deprimido, e quem vive no futuro, está flutuando sem ter chão. O presente é o seu tempo, com liberdade e responsabilidade, disciplina e amor pela viva.

           Tomar decisões traz responsabilidades que nem todos querem ter.  

            Os vencedores terão mais sucesso.

            O que você quer ser, um vitorioso ou um perdedor?

Você decide...

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo

Blog: psicologiaemartigos.blogspot.com

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

 

Psicologia positiva

 

 

Toda psicologia é positiva, pois ela busca o que há de melhor no ser humano, fazendo com que o individuo evolua, pense e aja cada vez melhor no processo de individuação. Mesmo quando foca na patologia a intenção é de ajudar o cliente a se ajudar e evoluir aceitando e compreendendo, evoluindo e se adaptando sempre.

Na especialização da psicologia positiva, o foco é o bem estar subjetivo, fazendo o individuo estar cada vez mais feliz consigo e com o mundo. Enfatizando os pensamentos e emoções positivas, nas virtudes e qualidades, na convivência da família, grupos de amigos e na vida profissional com a liberdade possível, em democracia.

O que é estar feliz?

Resposta complexa, mas podemos dizer que é estar bem biopsicossocial consigo e com os outros e não é constante nem infinita, mas com um otimismo realista esperançoso, vivendo com simplicidade.  

O sentido da vida é bom, mas temos que nos aceitar com nossas qualidades e dificuldades para se adaptar e melhorar sempre em equilíbrio, no caminho do meio como diz o TAO.

Somos como o Clima, bastante variável e às vezes extremado.  O equilíbrio deve ser dinâmico e não estático. O ser humano para estar bem psicologicamente, precisa ter algumas necessidades básicas como alimentação, moradia, trabalho, lazer e boa convivência social. Assim devemos desenvolver as emoções positivas, nos engajarmos com bons relacionamentos afetivos para ter significados e realizações. A psicologia humanista prega que devemos  ter uma visão mais positiva do individuo, apesar de estarmos em processo evolutivo e civilizatório ainda, mas a esperança deve superar o medo.

A visão do copo meio cheio pode mostrar como nós somos, podendo ser otimistas, pessimistas ou realistas. 

O bem estar  subjetivo ( felicidade ) ajuda no desenvolvimento pessoal e coletivo. Sem se entregar ou desistir jamais, pois é na crise que nossos talentos e potenciais emergem com criatividade. Enquanto alguns choram outros vendem lenços. Nem todos conseguem devido a fragilidade mental e física, mas mesmo assim devemos ter fé e  coragem para superar os obstáculos.

Dinheiro não compra felicidade, mas ajuda a  aumentar o bem estar  interior, com solidariedade e generosidade trazendo prosperidade.

Vamos focar nos pontos positivos da nossa personalidade, encontrando o equilíbrio entre pensamento, sentimento, intuição e sensação, com qualidade de vida, saúde mental e paz interior.

Ainda estamos em evolução, já fomos piores, a maioria humana é boa, mas a minoria é barulhenta, maldosa e fanática.  Precisamos melhorar as desigualdades, e ter mais justiça social.

Devemos aceitar nossas condições com resiliência e renovação, agradecendo pelo que temos e somos, mas procurando melhorar sempre, não estamos completos nem somos perfeitos. Celebremos as vitorias e conquistas mais que as derrotas.

A psicoterapia deve libertar o cliente e não prende-lo. Aprendemos mesmo nos sofrimentos, que devemos enfrentar para nos libertar e não escravizar.

O que se leva da vida é a vida que se leva com responsabilidade equilíbrio, saúde  e prudência.

 Viver o presente com alegria, um dia por vez, planejando o futuro e aprendendo com o passado.

Ter equilíbrio entre sofrimento de superação e felicidade do bem estar biopsicossocial, sem apegos ou desejos compulsivos.

Assim seja...

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo positivo clinico

 

 

 

 

Aceitação e adaptação

 

Quando aceitamos uma condição nossa, de outra pessoa ou fato não quer dizer que estamos cedendo, sendo inferiores, ou desistindo dos projetos ou da nossa existência.

Para melhorarmos e evoluirmos precisamos aceitar nosso passado e momento presente, pois somente nos aceitando podemos nos transformar e mudar o futuro.

Toda aceitação serve de experiência e adaptação a novas situações.

Precisamos aceitar os lutos, perdas materiais e emocionais, nosso passado infantil e adolescente, as doenças, a ingratidão, nos perdoando e perdoando o outro, não se esquecendo da justiça.

Somente se aceita quem é forte e tem fé em si mesmo, com sabedoria e humildade.  Controlamos muito pouco nossos conflitos, e quem é controlador sofre mais, por ser inseguro, possessivo, autoritário e não se aceitar como é.

Mudamos na existência, mas não na essência, tenhamos mais responsabilidades e menos culpas, não tomemos veneno achando que o outro será atingido.

 Aceitar para mudar melhorando e se adaptando a realidade, gera paz, saúde e amor.

Aceitar é estar lúcido das causas e consequências, amplificando as situações para encara-las e resolve-las com adaptação.

Quando você aceita sua condição, está se preparando para enfrentar as mudanças e se adaptando para evoluir sempre.

Diga ao seu problema que você tem uma grande solução.

Aceitação gera movimento e não estagnação ou resistência a mudanças, expandindo nossa consciência existencial, abrindo caminhos, é estar presente no presente, com equilíbrio em movimento.

 

Jung disse:

 Não há despertar de consciência sem dor.

As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas por tornar consciente a escuridão.

Quem olha para fora sonha, que olha para dentro de si, desperta.

 

 

 

 

Oração da serenidade

 

Que eu tenha a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar.

Coragem para modificar aquelas que posso.

Sabedoria para perceber a diferença entre elas.

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta.

 

 

  Afinidade             Afinidade é um sentimento que sempre existiu e existira...           É o mais sensível e produtivo dos sentime...