quinta-feira, 14 de abril de 2022

 

                                                                   

                                                         Amor materno

 

 

          Ser mãe é padecer no paraíso?

Nem todas concordam com essa frase.

Somos animais humanos com inteligência e consciência, cuidamos da nossa prole , quando nascem, ou morreriam em poucas horas.

Perpetuamos a espécie, ou ela se extingue. No reino animal, verificamos que quando os filhos nascem precisam ser mais independentes e autônomos, senão morrem, e só sobrevivem os mais fortes.

Questiona-se se existe o instinto materno, acredita-se que é mais uma questão hormonal, biológica e cultural. O cuidar dos filhos é muito relativo, tem mães que cuidam por amor, outras por necessidade e outras terceirizam o cuidar, com amas, como antigamente, avós, babas, creches e escolas infantis, muitas vezes por motivos profissionais.

Nem todas as mulheres querem ser mães biológicas, o que é um direito, mas as questões culturais e sociais às vezes as obrigam emocionalmente.

Todos nós não pedimos para nascer, mas uma vez colocados no mundo, precisamos de cuidados. Assistimos no mundo muitas crianças abandonadas e indefesas, muitas morrem por falta de cuidados, isso é cruel.

É de muita responsabilidade ter filhos não só das mães, mas dos pais que muitas vezes se preocupam em fecundar e abandonam as mulheres, nesse mundo machista e violento muitas vezes. Não é fácil ser mulher, principalmente mãe, mas quando se tem apoio do companheiro e da família se torna mais fácil, o amor materno é insubstituível.

 Os papeis sociais aumentaram nos últimos anos principalmente para a mulher que precisa e gosta de atividades profissionais, e conciliar todas as tarefas estressa e cansa, por isso é preciso pensar muito antes do casal decidir ter filhos, muitos preferem pets, para preencher vazios emocionais ou adotam filhos.

No livro mães arrependidas, da socióloga israelense Orna Donath, ela entrevista mulheres que dizem amar muito os filhos, mas não gostam de serem mães, devido à pressão social que sofrem sobre a maternidade, com frustrações, também com prazeres, duvidas, alegrias, medos, cobranças, responsabilidades, muitas vezes sem o apoio do pai que também deveria dividir dentro do possível as mesmas responsabilidades, e às vezes abandonam as mulheres e se separam por não suportarem a responsabilidade, mas temos alguns que são mães de gravata que ajudam, mas ainda são poucos.

Ter filhos é maravilhoso, não tem doutorado que ensine como educar, o que é muito difícil sendo o dia a dia e cada caso é um caso.

Tem um ditado que diz: depois que pariu, nunca mais dormiu bem.

É um amor incondicional para quem decide ter, mas deve assumir e

ter o dever de cuidar bem com qualidade de tempo e dedicação.

É um direito também a opção de não ter filhos, a lei permite após os vinte e cinco anos o homem ou a mulher decidir, fazendo a laqueadura ou a vasectomia.

Temos vários poemas sobre filhos, pesquise, cito apenas um o Enjoadinho de Vinicius de Morais.

Quem ama cuida.

 

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo Clinico

 

 

 

 

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