sábado, 12 de dezembro de 2020

 

Depressão e ansiedade

 

 

Todos nós temos um pouco de cada sintoma, o que devemos evitar é ter muito de um só.

Podemos ter uma ansiedade depressiva ou uma depressão ansiosa.

A ansiedade que é ancestral serve para nos defender de situações de perigo e medo real ou imaginário, se tornando patológica quando temos medos irracionais em excesso, querendo antecipar o futuro ou situações do cotidiano, com muito estresse, irritabilidade e impaciência com sintomas de sudorese, falta de ar, palpitações, pensamentos negativos, insônia, baixa da libido e autoestima, e adrenalina alta. Tudo isso pode aumentar em tempos de pandemia independente da idade, se transformar em fobias ou pânico. Os sintomas são parecidos.

Na depressão o individuo se sente muito mais do que triste, por um longo tempo, com cansaço, desanimo, letargia, desequilíbrio no humor, choros fáceis, sem sentido pela vida, sentindo-se vazio e angustias devido ao desequilíbrio dos neurotransmissores.

Tanto a ansiedade quanto a depressão tem sintomas parecidos, pois estão interligados apesar de um estar focado no futuro e o outro no passado, não conseguindo viver o presente. O estado emocional fica abalado, pois a razão e o intelecto não conseguem entender os motivos e causas. Pesquisas mostram que pelo menos 65% das pessoas com ansiedade sofrem de depressão conjuntamente.

O ansioso quer antecipar o futuro com pensamentos obsessivos e compulsivos, como não consegue, fica frustrado e vai para a depressão com sentimentos de culpa e reprimindo emoções do passado, sofrendo muito, podendo até ter ideias suicidas.

As possíveis causas estão, na genética, bem como no inicio da vida com a gestação, nascimento, amamentação e até os três primeiros anos de vida, quando da formação do ego e a educação recebida. Questões familiares, relacionamentos pessoais e profissionais podem levar esses conflitos para a vida toda.

Podemos amenizar esses conflitos com medicamentos e psicoterapias próprias, respiração, relaxamentos, exercícios físicos, elaborando a historia e compreendendo sem culpas, mudando o foco do conflito, desenvolvendo o amor próprio, se perdoando, se amando, se desculpando e agradecendo.

O processo de melhoria é lento, pois as mudanças são existenciais. Aceitar e se adaptar aos conflitos não é se acomodar e sim, reconhecer encarar e enfrentar para se cuidar, assim como na depressão ou ansiedade é preciso reconhecer esses estados para elabora-la e aprender a lidar com eles até o autocontrole, a cura é muito difícil.

Se aceitando e se adaptando, fazendo o que gosta, com prazer, buscando ter mais momentos de felicidade e simplicidade com minimalismo.

A vida é boa, nós é que não sabemos como conviver apesar das dificuldades.

 Na pandemia atual esses conflitos se acentuam com mais medos e pânicos, o importante é manter os protocolos, se cuidando e esperando a vacina sem politicagens, pois a vida da população está em jogo.

 A vida é como uma escola, estamos sempre aprendendo a encontrar o seu sentido, não adianta ficar brigando consigo mesmo, se você souber ceder, o inconsciente saberá como te ajudar.

Viva um dia por vez...

 

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo clinico e psicoterapeuta.

E-mail.   marco.garcia357@gmail.com

 

 

 

 

 

 


Autoflagelação

 

A autoflagelação física ou emocional é quando um individuo, causa dor a si mesmo, para tentar aliviar um conflito emocional interior não resolvido, por um sentimento de culpa, achando que vai resolvê-la, mas na verdade se o conflito estiver inconsciente, nada adiantará se autoflagelar física ou emocionante, sem elaborar o conflito. Na idade media muitos se autoflagelavam para tentar se livrar de pecados, o que acabou sendo condenado pela igreja.

As causas podem ser patológicas, levando até ao suicídio, precisando de ajuda profissional nesses casos.

O individuo autoflagelado, tenta aliviar a dor psíquica fisicamente somatizando-a, por situações ocorridas no passado, podendo ser por rejeições, abandonos paterno e materno, maus tratos na infância, abuso sexual, físico ou emocional com violência. Perda de um ente querido, negando a perda, também pode ser uma das causas. Tornar-se-á uma pessoa retraída e introvertida, com dificuldades nos relacionamentos, dificuldade com a sexualidade, causando baixa autoestima não gostando de si mesma ou do seu corpo, sentindo-se incapaz de fazer coisas causando muita ansiedade e depressão.

O sentimento de ser culpado, muitas vezes é o principal motivo e causa da autoflagelação. A culpa deve ser compreendida e perdoada.

A transgeracionalidade confirma esses sentimentos que podem estar no inconsciente coletivo ou familiar desde a gestação ou primeiros anos de vida, podendo ser aliviada ou piorada dependendo da educação recebida, podendo se autossabotar na vida pessoal ou profissional.  Sendo muito ruim quando essas pessoas se acham merecedoras do fracasso, desistindo de tudo e se entregando , achando-se impostor, podendo se tornar morador de rua, drogado, ou até violento.

São pessoas que precisam ser ajudadas para se conscientizar de que são vitimas e não réus de sua existência.

O que de pior pode ter acontecido conosco no passado, pode se transformar no melhor no presente desde que saibamos aceitar, adaptar e superar com resiliência e não lamentos.

A dor é inevitável, mas o sofrimento que faz parte da vida é opcional, servindo para nos fortalecer no equilíbrio emocional vital.

 

 

 

 

A tortura física é tão sofredora quanto à psíquica, portanto liberte-se e viva com dignidade.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta

E mail - marco.garcia357@gmail.com


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