Polvo e cobra
Nosso psiquismo é dividido em partes.
A consciência, tendo como centro o ego, o inconsciente pessoal e o inconsciente
coletivo, onde estão nossos pensamentos, sentimentos, ações, etc. Cada um a seu
nível.
Somos diferentes como masculino
e feminino biologicamente, psicologicamente e socialmente principalmente devido
aos hormônios sexuais, estrogênio e progesterona nas mulheres e a testosterona
nos homens.
Somos racionais, pois sabemos o
que estamos fazendo ou querendo fazer, por isso tantos conflitos entre o bem e
o mal.
O psiquiatra Dr. Içami Tiba, já
falecido, escreveu livro chamado homem cobra e mulher polvo, muito
interessante, onde ele aborda metaforicamente e simbolicamente a diferença
entre eles. Ambos se completam com humor, amor e prazer (libido), liberando
outros hormônios e neurotransmissores que em equilíbrio podem ter um
relacionamento saudável.
Os primeiros encontros são muito
bons, o homem cobra tentando conquistar a mulher polvo e esta tentando
seduzi-lo, e só acontece se ela quiser.
O homem cobra marca território
para proteger, cuidar e ama-la, e ela quer ser desejada, protegida e amada.
Ambos querem perpetuar a espécie.
Ele deve aprender e compreender
como ela funciona com seus oito tentáculos principalmente na SPM (Síndrome pré-menstrual)
e ela também precisa compreender as necessidades dele, acolhendo e
satisfazendo-o, assim terão um relacionamento longo fiel e leal, com
sentimentos, inteligência e criatividade.
A sexualidade é instintiva e o
amor é sentimental e racional. Ambos têm hábitos e rotinas diferentes,
precisando haver respeito à individualidade de cada um, como gostos por
alimentação diferentes, lazeres etc.
A lua de mel acabou, mas o
romantismo e o carinho devem continuar, sem individualismo, caso contrario
surgem as incompatibilidades que podem ser aceitas e adaptadas ou a relação
termina.
Respeitar os horários e os
gostos de cada um nos diversos ambientes, como as preferencias alimentares, a
pizza pode ser meio a meio sem brigas.
Se tiverem filhos, saberão que a
vida muda devido aos novos papeis, com mais trabalho e gastos, é difícil, mas é
muito bom com amor e união.
A visão do homem cobra é linear
e da mulher polvo é periférica. A mulher polvo precisa falar para descansar, o
homem cobra prefere ficar no seu canto em silencio.
A sexualidade também é diferente e muda com o tempo, com relação à
quantidade e qualidade, um bom dialogo ajuda muito, desde que ainda haja amor
que é diferente de paixão.
Um bom relacionamento deve ter
equilíbrio entre controle, possessividade, insegurança, manipulações, poder, respeito,
carinho, dialogo, cumplicidade, ciúme, completando os arquétipos “anima e
animus”.
Somente estou dando uma pitada
de como pode ser um bom relacionamento para mais e melhores momentos de
felicidade e menos sofrimento, pois a vida é o equilíbrio entre alegrias e
tristezas.
Marco Antonio Garcia
Psicólogo Clinico
E-mail –
marco.garcia357@gmail.com