Puerpério
Puerpério é um período após o
nascimento do bebê, o pós-parto, também chamado de resguardo ou quarentena,
onde a mulher passa por mudanças físicas, emocionais e hormonais.
O puerpério tem fases, sendo
primeira, o imediato que vai até umas quatros horas após o parto, o mediato que
vai do primeiro dia ate o decimo dia, o tardio que vai até a sexta semana ou
quarentena, e o remoto que vai até o termino da amamentação por volta dos seis
meses ou mais.
Claro que varia de mulher para mulher, umas lidam com mais
tranquilidade, outras com mais
dificuldade até com sentimentos de culpa, devido à amamentação e a
complementação alimentar, intensas emoções, rejeições ao marido com paranoias,
ciúmes do mesmo, podendo vir a ter depressão pós-parto, precisando de cuidados
especiais.
É importante seguir as orientações medicas nesse período,
para não ter maiores problemas, precisando do apoio do parceiro e de familiares
mais experientes próximos, ajudando a cuidar do bebê, principalmente se for o
primeiro, e se tiver outros filhos cuide deles também, pois poderão regredir e
ter ciúmes do irmãozinho.
O papel mais importante é o da mãe, pois nesse período existe
a simbiose entre a mãe e o bebê, e ela precisa estar tranquila para passar
tranquilidade para ele, sem muitas visitas e tumulto que mudem a rotina do
bebê, até ele se adaptar ao mundo, nos três primeiros meses mais críticos.
As mudanças hormonais que ocorrem em queda causam cansaço, desanimo,
insegurança e tristeza e até a depressão, apesar de todo amor pelo bebê, principalmente
se o bebê chorar mais que o normal e não dormir o necessário.
A vida sexual do casal só deve ocorrer após a quarentena e
com consentimento da mulher, podendo surgir desinteresse e rejeição nesse período,
e o parceiro deverá compreender não se sentindo abandonado e carente, pois ele
também estará assumindo um novo papel que é de ser pai, ambos estarão
amadurecendo.
Enfim é processo de procriação e perpetuação da espécie que
deve ser com muito amor, compreensão e respeito, é difícil até mais nos dias
atuais do que antigamente, devido às exigências profissionais de ambos, mas o
bebê não pediu para nascer e deve ser cuidado, pois todos nós fomos crianças e
sobrevivemos, bem ou mal.
Educar também é difícil, mas deve-se educar com autoridade,
disciplina e limites, como também com amor, atenção, dialogo e respeito.
Ter qualidade de tempo, brincando com os filhos e contato
físico, é mais importante do que dar bens materiais. A criança precisa de afeto
e se sentir segura pois a gestação vai ate o primeiro ano de vida em contato
com a mãe principalmente.
Assim a vida segue, e que sejam todos felizes dentro do
possível, apesar do momento pandêmico em que estamos, precisando ter mais
cuidados.
Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta