Ódio
O ódio é uma emoção de aversão ao outro ou a si mesmo, uma
antipatia, repulsa.
Será que o ódio é o oposto do amor?
Acredito que não é oposto, mas uma distorção do amor, pois
quem ama realmente não pode odiar, o ódio é um amor apaixonado não correspondido,
assim deturpa-se essa forte emoção. O amor é o sentimento mais sublime do ser
humano quem ama de verdade não pode odiar nem odiar-se. Quem ama não mata.
O oposto do ódio para mim é a paixão, quando alguém se
anula para o outro, se entrega ficando cega, também sendo um amor deturpado,
relação fanática e patológica. Quando não se tem amor próprio, sente-se carente
e tenta buscar no outro o remédio para curar-se, mas o remédio esta em nós e
temos que nos amar para poder amar o próximo, o vazio esta dentro da pessoa, e
nada externo vão preencher.
O amor é compreensão, perdão, respeito, cumplicidade,
querer bem do outro, para que seja feliz mesmo com outra pessoa.
No começo das
relações pode sentir paixão, e depois de um tempo virar amor, ou pode virar
ódio quando não é correspondido. O fanático não ama, pois acredita que esta
certo e com a razão sempre, mesmo mentido para si e para os outros.
Quando nos amamos
honestamente podemos amar os outros.
O ódio é negativo, diferente da ira ou raiva, o ódio
destrói a própria pessoa, seria como tomar veneno achando que o outro vai
sentir os efeitos e morrer, quem odeia morre em vida. É importante compreender porque
e quem está odiando, para enfrentar essa sombra (lado oculto da nossa
personalidade), os radicais e fanáticos desenvolvem mais facilmente o ódio, que
é o amor não correspondido, causando cegueira emocional, não vendo o ponto de
vista do outro, não aceitando opiniões nem debatendo , culpando os outros pelos
próprios erros, podendo se tornar violento e agressivo. Mostrando o lado animal
instintivo, porem consciente, pois os animais irracionais agridem para se
defender ou sobreviver, os humanos não, provocam situações de maldade
conscientemente, mesmo se arrependendo depois.
Temos muito que evoluir ainda, estamos em transição, talvez
um dia quando amarmos de verdade, o ódio será mais controlado e elaborado e
seremos mais civilizados.
Marco
Antonio Garcia
marco.garcia357@gmail.com
Psicólogo
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