terça-feira, 9 de outubro de 2018


                                                         Amar a si mesmo


Você se ama?
Está feliz com sua vida?
Procura tomar decisões em favor do seu bem estar?

                        Se uma pessoa não se ama,  não procura estar bem consigo mesma, não conseguirá amar verdadeiramente outra pessoa.
             Só pode amar quem se ama, o que é diferente de paixão, onde a pessoa se entrega a outra se anulando ou o ódio quando o amor não é correspondido.
            Amar é se respeitar, se aceitar como é para poder mudar e melhorar sempre, respeitando a individualidade do outro, sem ciúme ou inveja doentia, com confiança e cumplicidade e até amizade, mas com química física, e afinidade pelo outro.
            Aproximamo-nos pelas características positivas que mais chamam a atenção, enquanto que as características negativas nos afastam, pois não gostamos no outro aquilo que não gostamos em nós.
            Quem ama de verdade, vive o presente, e não fica preso no passado ou o futuro.             Quem se ama não guarda rancores, ressentimentos, magoas, pois compreende e tem compaixão, de si e do outro, se perdoando pelas falhas.
             Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos, nós também não somos perfeitos, devemos aprender sempre.
            Não existem príncipes nem princesas, como nos contos de fadas.
As relações se constroem através dos tempos.
            Encare a outra pessoa e a si mesmo de forma sincera leal e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos e dificuldades.
            O amor só é verdadeiro, quando encontramos alguém que nos ajuda a ser melhor do que somos, assim juntos voaremos como a águia e o falcão, próximos, mas livres um do outro, sem possessão.
Ter amor próprio é não depender de pai, mãe, parceiro (a), é ser interdependente e autônomo, é não ser nem egoísta nem altruísta.
            Prefira jogar frescobol ao tênis. No frescobol, colaboramos, jogamos para que o outro pegue a bola e devolva em parceria sem lutas pelo poder, enquanto que no tênis, jogamos para competir, ganhar do outro o tirando da jogada para vencê-lo.
            Quem se ama ou ama o próximo, não pode sentir paixão ou ódio, que são opostos. O contrario do amor é a indiferença típico dos sociopatas que enganam multidões.
            Quem ama passionalmente, apresenta dificuldades, como insegurança, fragilidade emocional, possessão, querendo controlar a vida do outro como se fosse uma mãe ou pai super protetor, e ai sofre por não ser correspondido.
            Estamos assistindo constantemente pelas mídias, noticias de relacionamentos passionais, com vinganças que chegam à morte com instinto de crueldade, que somente o animal humano é capaz de realizar quando desperta seu lado maléfico.
            Provavelmente quem não tem amor próprio, teve dificuldades na educação infantil com conflitos maternos e paternos, com sentimentos de abandono, rejeição ou super proteção, todo extremo é negativo, juntamente com sua personalidade egocêntrica não desenvolvida, sem limites e disciplina não conseguindo se libertar da prisão interior do controle das situações querendo que o mundo gire em sua volta, ao invés de girar em torno do mundo; não seja um sol prefira ser um planeta.
            O universo é muito grande seja um planeta em equilíbrio dentro de uma galáxia em desenvolvimento, seja parte desse todo e o não queira ser o todo.
Amar a si próprio não é egoísmo, pois quem se ama, ama o próximo, o egoísta não ama nem a si mesmo.
            Amor é respeito, cumplicidade, saúde mental, equilíbrio, sinceridade, auto-estima em equilíbrio, e paz interior consigo e com o outro.
Deus é amor.

Marco Antonio Garcia
 Psicoterapeuta de orientação Junguiana
Blog: psicologiaemartigos.blogspot.com.




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