quinta-feira, 1 de agosto de 2019


Desenvolvimento infantil



  
O mundo evolui muito rápido tecnologicamente e as pesquisas trazem cada vez mais informações sobre o desenvolvimento infantil.
Desde o dia doze de julho de dois mil e dezenove, passei a ser
avô, uma experiência diferente do que quando fui pai, pois tenho três filhos maravilhosos, pelos quais tenho amor incondicional, amando cada um do seu jeito, pois são diferentes, e sem preferencias. Hoje tenho mais tempo, sabedoria e experiência e quero observar e acompanhar o desenvolvimento do meu neto Gael, física e psicologicamente.
Já é sabido que mesmo antes da gestação, a mãe já prepara seu organismo para receber o embrião, durante os nove meses de gestação o embrião e depois o feto já recebe informações que são arquivadas no seu inconsciente pessoal e no seu encéfalo em desenvolvimento, e o feto já sente sabores e escuta sons. É sabido que a gestação dura em media nove meses, no entanto temos a exterogestação que são os três primeiros meses após o nascimento onde o bebê precisa de proteção, alimentação, descanso e carinho pois ainda está se adaptando ao mundo.
Ao nascer ocorrem muitas alterações no sistema nervoso até o terceiro ano de vida, quando desenvolve a consciência do mundo , o encéfalo é sensível a novas experiências tanto para o bem quanto para o mal, dependendo do ambiente em que ele se desenvolveu.
Se tiver um stress toxico prolongado poderá ter sérios problemas emocionais devido à sobrecarga de hormônios estressantes, por isso os pais e a família precisam saber lidar com esse período. Crianças submetidas a situações estressantes como abandono, abusos, discussões entre familiares, visitas duradouras, muitas exigências e falta de amor, podem desenvolver alterações no sistema de resposta ao stress.
O convívio com uma família equilibrada ajuda em muito esse desenvolvimento. O papel da mãe é fundamental nesse processo, identificando suas necessidades de acordo com os choros diferentes, conversando, cantando , acolhendo em seu seio, e se tiver ajuda da avó é melhor ainda.
O desenvolvimento mental e emocional vem muito dos pais, avós, e tios e demais familiares e amigos. A qualidade das palavras ditas é mais importante do que a quantidade, uma vez que a linguagem é o que nos diferencia de outros animais. Ler livros, contar historias, ouvir musicas boas, ajudam em muito nesse período, pois o que o bebê assimila até os três primeiros anos ficam gravados em seu inconsciente por toda a vida, ajudando no desenvolvimento do ego e da consciência.
Muitos pais por falta de tempo ou paciência deixam os bebês, em frente à TV ou ao tablet, achando que isso vai desenvolvê-los intelectualmente ou para deixa-los com mais tempo livre. O que os estimula são as cores, o movimento e o controle que passam a ter sobre esses aparelhos, assim não devem deixa-los muito tempo com esse contato, somente depois dos dois anos, e por pouco tempo, principalmente programas ou desenhos violentos, pois nada substitui a interação humana com o contato afetivo e jogos lúdicos, que com certeza ajudarão muito mais no desenvolvimento da linguagem, da personalidade  e do emocional.
A partir dos dois ou três anos podendo coloca-los em uma escola infantil, meio período será bom para o desenvolvimento da sociabilidade. Deve-se tomar cuidado também com a síndrome do imperador, onde se dá tudo o que a criança quer , como quer e na hora que quer, isso está errado pois desenvolverá um egoísmo e uma tirania, que prejudicará a criança no contato social, tornando os pais superprotetores e dependentes do filho, com uma inversão de valores.
 A partir dos três anos, a criança continua a se desenvolver com uma boa educação, entrando na puberdade e depois na adolescência, juventude e vida adulta.
Educar é muito difícil, não existem receitas, mas princípios básicos como: limites, disciplina e autoridade de um lado e de outro, amor, carinho, respeito, compreensão, proteção e dialogo.
A vida nos dá os filhos e netos em momentos diferentes, preenchendo o vazio que estava sendo aguardado para ser preenchido.
Dizem que os avós são pais duas vezes, com mais tempo e sabedoria.
O mundo muda muito rápido com as tecnologias, exigências e mais custos.
Você planta a arvore da vida com seus filhos, que cuidam do seu crescimento e os netos devem continuar a colheita dos frutos.
Vivemos três grandes momentos na vida, a nossa, a dos nossos filhos e a dos nossos netos, todos com amor incondicional.
Para quem já é avô ou será viva o momento intensamente, pois o amanhã não nos pertence.
Como na Lenda Cherokee, na conversa entre o avô e seu neto, sobre os dois lobos que habitam em nós, o bom e o mal, será mais forte aquele que você alimentar mais, espero continuar alimentando o bom e que ele vença , foi o que busquei fazer com meus filhos e agora espero fazer com meu neto, para que possamos deixar filhos e netos melhores para o mundo, com paz e muito amor.


Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
E-mail marco.garcia357@gmail.com








Efeito Dunning-Kruger

O que é o efeito Dunning-Kruger?
Vocês devem conhecer pessoas com esse efeito psicológico. São pessoas que possuem pouco conhecimento sobre algum assunto, mas acreditam que sabem mais do que as outras que são mais bem preparadas, podendo tomar decisões erradas e se prejudicando pelos resultados. É como a vaidade em excesso, onde as pessoas se acham melhor do que são, com o ego inflado, muitas vezes procuram emprego exigindo salários e benefícios muito acima da sua capacidade, preferindo ficar desempregadas do que reduzir o salario da empresa anterior, nos momentos mais difíceis e se fazendo de vitima.
Vocês sabem a diferença entre o sábio e o tolo?
O sábio por mais que saiba, sempre vai buscar mais conhecimento, enquanto que o tolo acredita que já sabe mais do que precisa.
Só sei que nada sei, dizia o filosofo Sócrates.
Os arrogantes e prepotentes muitas vezes sofrem desse efeito.
O nome efeito Dunning-Kruger, foi descoberto pelo professor de psicologia Social David Dunning, e Justin Kruger em 1999 na Universidade de Cornell, e suas conclusões foram:
1-São pessoas incapazes de reconhecerem suas próprias incompetências.
2-Tendem a não reconhecer a competências dos outros.
3-Não tem consciência de serem incompetentes em alguma área, pois ninguém sabe tudo, mas elas acham que sabem.
4-Conseguem reconhecer sua falta de habilidade ou conhecimentos, depois de treinadas e orientadas.
Podendo acontecer com pessoas que acreditam ter mais talento do que realmente tem, podendo ser na área da musica, arte ou esportes, por exemplo, se sentindo perseguidas. Outro exemplo são pessoas que estão perdidas num determinado lugar mais querem te ensinar o caminho, como um GPS sem satélite.
Outro exemplo são pessoas que se automedicam ou querem medicar outras pessoas sem terem conhecimento profissional.
São pessoas que colocadas à prova podem ser reprovadas, mas não tem a humildade de reconhecer suas dificuldades.
Todos temos algum conhecimento e especialidade uns mais do que outros, por isso não devemos superestimar nossas capacidades e sim reconhecer e aceitar aquilo que somos e reconhecer no que somos bons e naquilo que não somos.
 Ninguém sabe tudo sobre tudo.
Muitas vezes nos queixamos de sorte, achando que uns tem mais sorte que outros. A sorte é uma conjunção de pelo menos três componentes. A competência, a oportunidade e o momento, essas três precisam ocorrer em conjunto, caso contrario a sorte não vem e não cai do céu.
Reconheçamos nossos valores e competências com amor próprio, mas sem excessos, devemos ter o equilíbrio entre a vaidade e a humildade.
Assim seja...

Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
E-mail marco.garcia357@gmail.com






  Adoeceu!!!               Adoecer significa ficar doente no processo biopsicossocial, o contrario de estar saudável. No entanto atual...