Hábitos
Somos animais racionais, mas
temos três níveis cerebrais, o mais primitivo é o cérebro reptiliano ou
instintivo, onde então o Instinto de sobrevivência, fome, sono, sexo, defesa etc.
Depois temos o sistema límbico onde estão nossas emoções e sentimentos, e o
terceiro e mais recente é o racional, onde está a consciência, a inteligência e
o pensamento. Nenhum deles gosta de mudanças bruscas, queremos “sombra e agua
fresca”.
Temos nossas rotinas que acontecem
por hábitos desenvolvidos em milhares e anos. Temos nossas qualidades e
dificuldades, somos pouco críticos em relação a mudanças e não gostamos que nos
mostrem nossas dificuldades.
Somente mudamos naquilo que nos
incomoda, ou quando incomoda muito, passando do sofrimento á dor, levando muito
tempo até reconhecermos e aceitarmos tudo isso. Quando percebemos ou nos
mostram que algo está errado e nos conscientizamos disso é que começamos a
mudanças dos hábitos.
Como exemplo temos a obesidade,
que pode ser uma resistência ancestral a falta de comida e ansiedade, e só
percebemos que poderá virar uma doença quando nosso organismo da o alerta
através de alteração dos exames laboratoriais, ou se muda os hábitos
alimentares ou se fica cada vez mais doente podendo chegar até a morte pelas
comorbidades.
Nos dias atuais quando entramos
em “quarentena” devido ao corona vírus, é o melhor momento para mudarmos nossos
hábitos e rotina. Procure mudar seus hábitos e rotinas fazendo coisas
diferentes em horários diferentes, faça coisas que não fazia, desvie o foco para
não alimentar suas obsessões, mas faça. Retenha seu alento, assim adquirirá
novos hábitos.
Se imagine num barco não podendo
atracar devido a uma pandemia, isso tem acontecido com os cruzeiros atuais.
Se imagine também em um bunker,
após uma guerra nuclear, por um tempo indefinido.
Todos temos vícios bons ou ruins
e somente mudamos quando estamos no limite ,quando o fogo está queimando, essas
mudanças são pessoais e cada caso é um caso e nada acontece por acaso.
As rotinas diárias são parecidas,
mas nunca são iguais e criamos hábitos difíceis de serem mudados.
As grandes mudanças estão em
nosso interior por isso a dificuldade em transforma-las, sendo preciso aceitar os
problemas para encara-los e resolve-los, caso contrario se acumularão ,
precisando ter força de vontade, motivação e aceitação. Como diz a oração da
serenidade: que eu tenha a serenidade para aceitar aquilo que não posso mudar,
mas coragem para mudar aquelas que posso, com sabedoria.
“Quem não sabe o que procura, não
entende o que encontra”.
“Somos aquilo que fazemos
repetidamente” disse Aristóteles.
Importante saber que não
acabamos com um hábito ou vicio, apenas substituímos por outro melhor ou pior.
Tenha paciência e tolerância para
que as mudanças ocorram, dando tempo ao tempo, mas com atitude.
Você tem o livre arbítrio, para ser
um vencedor ou desistir.
Tenha iniciativa e seja proativo
com metas e objetivos, priorizando o mais urgente.
Ouça mais e fale menos, e seja
cooperativo.
Aceitar o hábito que tem, sem
culpas, mas ter força de vontade para muda-lo, pois estão em nosso inconsciente
e na infância, mas com inteligência e sabedoria conseguiremos sem pressa e com
amor a si mesmo.
Que assim seja...
Marco Antonio Garcia
Psicólogo e psicoterapeuta
E-mail.
marco.garcia357@gmail.com
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