quinta-feira, 21 de agosto de 2025

 

Nomofobia

 

          Você consegue ficar longe do celular ou computador e deixa-los desligados?

          Essa é uma mania ou vicio recente, podendo atingir pessoas de qualquer idade, mas principalmente na adolescência. Podendo se transformar em patologia, devido a grande dependência desses aparelhos.

          Os sintomas podem ser: estresse, depressão, dificuldade de se relacionar, insônia, devido à ao medo ou ansiedade pela falta de uso do celular, tornando as pessoas mais individualizadas não se relacionando através de diálogos e sim por mensagens, não só nas escolas, que atualmente estão proibindo o uso durante as aulas, mas também entre famílias que se comunicam por mensagens uns ao lado dos outros.

          Por ser uma patologia recente, ainda se estuda suas consequências, por ser um distúrbio multifatorial. Vivemos numa sociedade ansiosa, imediatista na busca de motivações, recompensas e prazeres imediatos, aumentando o nível de dopamina, gerando um vicio às vezes sem controle.

          Os estudos recentes relacionam os traços de impulsividade e baixa autoestima na dependência do celular, com fatores sociais, ambientais e genéticos.

          Para amenizar isso tudo, é importante a redução no uso dos aparelhos, necessitando às vezes, medicamentos e ajuda psicológica. O uso do celular e da internet são importantes, para a educação e aprendizagem, mas sem dependência.

          Sem falarmos no ciberbullying, com difamação, assedio, exclusão, stalking, difamação, ameaças etc. Podendo causar sofrimento a toda família. As mídias sociais deveriam ser para divulgar bons momentos e não competições mentirosas fragilizando nossos adolescentes.  Nosso cérebro ainda é análogico enquanto as tecnologias estão cada vez mais digitais.

          É importante variar as praticas cotidianas, com meditação e exercícios físicos, esportes, leituras, visitas a parques e a centros culturais, museus, para minimizar o uso e dependências desses aparelhos.

          Vigiar, proibir e controlar as atividades dos filhos são importantes e necessárias, orientando e dando outras opções para que eles não vivam no mundo das sombras ocultas perigosas que podem leva-los a automutilação e ate suicídio.

          Quem ama educa, com autoridade, disciplina e limites, bem com dialogo, atenção, carinho, compreensão e qualidade de tempo.

          A velocidade da tecnologia nos assusta até com a inteligência artificial, tão necessária quanto pode ser danosa e cabe a todos nós educadores e a família nos unirmos para vencer esse vilão devorador de jovens e famílias.

          Não confundir nomofobia com monofobia, ambas afetam a forma como nos relacionarmos com o mundo e com os outros, enquanto a nomofobia é o medo irracional de ficar longe do celular e desconectado com o mundo das redes sociais, a monofobia e o medo irracional de ficar sozinho e isolado, ambos podem impactar na vida e na saúde mental das pessoas.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta junguiano

 

 

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