Relacionamentos frágeis.
Porque os relacionamentos estão
cada vez mais frágeis, imediatistas e efêmeros?
A instituição casamento está
cada vez mais frágil e descartável. Após um, dois ou até cinco anos no máximo
os casais se separam.
Por que será?
As pesquisas mostrar que os principais motivos
estão no individualismo, egoísmo, egocentrismo, imaturidade, diferenças
financeiras ou de opiniões, incompatibilidades, questões sexuais, por não suportarem
a presença do outro, dividindo o mesmo espaço. Crises nas relações são normais
e saudáveis para o crescimento pessoal e do casal, desde que enfrentadas
juntos.
Vivemos numa sociedade educada
mais pelo ter do que pelo ser,
com
muitos estímulos e recompensas materiais, principalmente com filhos. Quem não
consegue conviver com o outro é porque não consegue conviver consigo mesmo, com
muitos perfeccionismos, manias e toques. Projetando no outro seus defeitos, não
suportando em si mesmo. Precisa se ter muita cumplicidade, confiança e respeito
no relacionamento,
Vejamos também as redes sociais,
que estão afastando cada vez mais as pessoas do dialogo frente a frente, muitos
só se comunicam por mensagens de texto, fotos e vídeos.
Os relacionamentos deveriam ser
como os diamantes, que retirados em pedra bruta, vão se lapidando aos poucos e
quanto mais tempo demoram mais belos ficam e isso demora, pois são feitos com tolerância
e paciência. Quando se tem filhos espera-se que melhore a relação algumas vezes
sim outras não, depende de cada caso. Para se relacionar é preciso ter amor e
não paixão cega, senão vira ódio ou indiferença, se acabar o relacionamento.
Não quero dizer que o casamente precise ser para sempre, mas se terminar que
seja de uma forma civilizada, com respeito. Vemos casais que terminam com ou
sem filhos e que se relacionam bem, isso é bonito.
Para bom relacionamento mais
duradouro, podendo ser de amizade ou casamento é necessário dialogo,
tolerância, respeito, compreensão, e química física e sexual. Aprender com o
outro como a conjunção dos opostos, não somos autossuficientes. Existem vários
tipos de relacionamentos, independente de opção sexual, que se dispõe a evoluir
e amadurecer no processo de individuação.
Muito ciúme também não é bom,
proteger e cuidar do outro é saudável, mas sentir posse é psicopatológico,
ninguém é dono de minguem não seja escravo do outro nem de si mesmo sofrendo
sem necessidade, sofrer é um processo de libertação, que quer dizer se livrar das
amarras, sendo livre de pensamento e ações.
Viver é bom desde que saibamos
faze-lo. Viver em sonhos e fantasias não resolve, sejam mais realistas e
sinceros com todos e consigo mesmo.
O imediatismo em tudo prejudica,
muita ansiedade, querendo antecipar o futuro e sofrer pelo passado não ajuda, viva
o presente que é mais real. Adaptação com aceitação do que se é para melhorar
sempre, tendo um alicerce para evoluir e continuar o crescimento.
A busca pela felicidade plena
não existe.
Ambos precisam ceder às vezes, a
responsabilidade é dos dois, 50% de cada um, agora cada um tem que saber o que
e quanto faz com os seus 50%. .
Os relacionamentos em geral
deveriam ser como uma gangorra, um pendulo indo de um lado ao outro, mantendo o
equilíbrio para que os dois se divirtam, o equilíbrio é difícil, mas é o melhor
caminho.
Viva bem, pois somos seres
gregários, sobrevivemos porque vivemos em grupo, senão já estaríamos
exterminados.
Assim
seja...
Marco
Antonio Garcia
Psicoterapeuta
de orientação Junguiana
Psicologiaemartigos.
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