Gerações Dopamina
Por que chamo de gerações dopamina?
A dopamina é um neurotransmissor muito
importante do nosso organismo, produzido entre outros locais, no intestino e no
cérebro na substancia negra, sendo responsável pelos prazeres, motivação, e
movimentos voluntários e involuntários do corpo, provocando reações intensas de
prazer e recompensa, como num vicio de adictos, em geral estimulantes, como
compulsão por substancias ou atividades. Quando está em desequilíbrio pode provocar
patologias desde a infância, como os TDAH, psicoses, e na terceira idade Doença
de Parkinson, entre outros sintomas psicológicos.
Esses excessos atingem varias gerações
desde o baby Boomers que nasceram a partir de 1940 até as mais atuais como a
geração X, Y, Z, Alfa e até a Beta. Claro que varia de pessoa para pessoa dependendo
da educação recebida.
No entanto trata-se de um fenômeno
psicológico emocional e comportamental onde os indivíduos estão buscando recompensas
rápidas, muitas vezes sem limites, disciplina e falta de autoridade com
desrespeito e até agressividade. A monofobia mostra esses vícios sem controle
dos pais e dos adolescentes principalmente, como na a minissérie Adolescência.
Outro exemplo são os smartphones, as
mídias sociais, os jogos de azar, que se tornaram mais importantes do que o
dialogo e os relacionamentos, estimulando isolamento social perigoso,
principalmente para os mais jovens, apesar de também atingir pessoas com mais
idade, mas com imaturidade emocional. Por isso as crianças não deveriam ter
acesso às telas antes dos sete anos, e serem educadas com estórias infantis ou
desenhos próprio para cada idade.
No livro Nação dopamina, a autora mostra” por
que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para
mudar”.
Buscar o equilibrio entre o prazer e o
sofrimento não é fácil, pois somos bombardeados de estímulos externos pedindo
para consumirmos mais e mais e sem controle, e devemos resistir a esses apelos
pelo nosso próprio bem. Saber dosar para viver melhor, pois temos a escolha
entre o amor e a dor, como dizia Jung à vida é um equilibrio entre a alegria e
o sofrimento para superar e não para se entregar.
Nosso cérebro ainda é analógico,
enquanto a ciência é digital, e vai demorar muito para evoluirmos, e a
inteligência é orgânica e não mecânica como a IA. A convivência relacional ainda é a melhor
forma de desenvolvimento, dai a importância de limitar o uso dos smasrtphones,
nas escolas e em casa. A família é como um pacote de TV a cabo com muitos
canais, mas só gostamos e interagimos com poucos.
Só o tempo vai dizer como será essa
adaptação, pois só adia os conflitos e possíveis soluções.
Por isso, devemos fazer movimentos e
exercícios aeróbicos e musculares, ter boa alimentação, bom sono, cuidar da
ansiedade, entrar em contato com a natureza se quisermos ter mais qualidade de
vida até a morte, e você pode adia-la ou antecipa-la, você decide, se não
conseguir sozinho peça ajuda.
Marco
Antonio Garcia
Psicólogo
e psicoterapeuta Junguiano
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