quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Ansiedade e depressão


Todos nós temos um pouco de cada sintoma, o que devemos evitar é ter muito de um só.

Podemos ter uma ansiedade depressiva ou uma depressão ansiosa.

Na ansiedade que é ancestral, utilizamos para nos defender de situações de perigo e medo real ou imaginário, se tornando patológica quando temos medos irracionais em excesso, querendo antecipar o futuro ou situações do cotidiano, com muito estresse, irritabilidade e impaciência com sintomas de sudorese, falta de ar, palpitações, pensamentos negativos, insônia, baixa da libido e autoestima, adrenalina alta.

Na depressão o individuo se sente muito mais do que triste, por um longo tempo, com cansaço, desanimo, letargia, desequilíbrio no humor, choros fáceis, sem sentido pela vida, vazio e angustias devido ao desequilíbrio de neurotransmissores.

Tanto a ansiedade quanto a depressão tem sintomas parecidos, pois estão interligados apesar de um estar focado no futuro e o outro no passado, não conseguindo viver o presente. O estado emocional fica abalado, pois a razão e o intelecto não conseguem entender os motivos e causas. Pesquisas mostram que pelo menos 65% das pessoas com ansiedade sofrem de depressão conjuntamente.

O ansioso quer antecipar o futuro com pensamentos obsessivos e compulsivos como não consegue, fica frustrado e vai para a depressão com sentimentos de culpa e reprimindo emoções do passado, sofrendo muito, podendo até ter ideias suicidas.

As possíveis causas estão, na genética, bem como no inicio da vida com a gestação, nascimento, amamentação e até os três primeiros anos de vida, quando da formação do ego, questões familiares relacionamentos e profissionais levando esses conflitos para a vida toda.

Podemos amenizar esses conflitos com medicamentos e psicoterapias próprias, elaborando a historia e compreendendo sem culpas, desenvolvendo o amor próprio, se perdoando, se amando, se desculpando e agradecendo.

O processo de melhoria é lento, pois as mudanças são existenciais e não na essência. Aceitar os conflitos não é se acomodar e sim, reconhecer encarar e enfrentar para cuidar, assim como na depressão ou ansiedade é preciso reconhecer esses estados para elabora-la e aprender a lidar com eles até o autocontrole.

Se aceitando e se adaptando, fazendo o gosta, com prazer, buscando ter mais momentos de felicidade e simplicidade.

A vida é boa, nós é que não sabemos como conviver apesar das dificuldades.

 A vida é como uma escola, estamos sempre aprendendo a encontrar o seu sentido, não adianta ficar brigando consigo mesmo, se você souber ceder, o inconsciente saberá como te ajudar. Assim como no filme ‘’A cabana”, que nos mostra uma lição de vida, perdoando e se perdoando, o maior remédio é o AMOR.



Marco Antonio Garcia

Psicólogo clinico de orientação Junguiana.

e-mail.   Marco.garcia357@gmail.com

 









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