quarta-feira, 17 de setembro de 2025

 

Netos

 

 Os netos são os filhos dos filhos, dando continuidade à família.

          Os netos quanto mais cedo vierem melhor para os avós, assim terão mais energia para participar do desenvolvimento deles, revivendo de forma diferente a criação dos filhos, como um pouco menos de responsabilidade, mas às vezes acabam cuidando dos netos por vários motivos.

          Em tempos modernos há uma troca de aprendizagem e experiências, entre os avós e os netos que muitas vezes ensinam os avós a usarem as novas tecnologias.

          A convivência com os netos trazem mais alegria e prazer, como uma dopamina natural, reduzindo a solidão e melhorando a saúde mental de ambos.       Os avós guardam as memorias familiares e tradições, transmitindo valores e lembranças aos netos.

          Dizem que os avós não educam, discordo não só educam com suas experiências como educam com mais amor e paciência, sendo provado que netos que convivem com os avós, desenvolvem-se mais nos aspectos social e psicológico. Muitas vezes os avós cuidam dos netos durante a semana para que os pais possam trabalhar e não apenas algumas horas nos finais de semana.

          Educar é muito difícil, pois não existem receitas e sim princípios, como limites, autoridade e disciplina, também com carinho, respeito, dialogo, atenção, apoio afetivo e acolhimento, educando com mais amor, infringindo às vezes algumas regras que são saudáveis no desenvolvimento das crianças.

          A convivência com os primos também são importantes para o desenvolvimento do construtivismo e autonomia sem exageros, respeitando a idade de cada um, bem como a cultura e a realidade social e econômica da sociedade em que vivem.

          Buscar na escola às vezes, orientando fazer as lições, fazendo agrados, brincando com jogos e quebra cabeças, jogando bola e seus brinquedos, lendo estórias variadas, tornando a casa dos avós uma grande brinquedoteca, assistindo alguns desenhos pertinentes à idade ou brincando ludicamente com supervisão e controles, quebrando algumas regras, faz bem e não tem preço.

          Os avós geralmente exercem um papel mais acolhedor e menos rígido do que os pais, oferecendo segurança emocional, proteção e carinho.

          Quem ama educa com os princípios acima citados, quer sejam os pais ou os avós, e a escola também com seu papel educador socializador fortalecendo a autonomia e independência construtivista.

          Crianças devem brincar sorrir e se alimentar corretamente, para um melhor desenvolvimento com amor e afeto.

          O Gael com seis anos e a Eva com um ano, e agora com as netas enteadas, a Rafa com treze anos e a Gabi com oito, sabem e compreenderão tudo isso.

          Sem contar com os netos pets, a Valentina, a Glimer a katia e a Mari, que fazem a festa quando o vovô, da aquele petisco diferente que os pais dos pets não dão para não viciar.

          Enfim ter filhos é ótimo, pois colaboramos com a perpetuação da espécie, mas com os netos é diferente, pois surgem em outra fase da vida e viver com alegria mais momentos de felicidade, é muito saudável para o físico e o mental, apesar do trabalho prazeroso.

          Educar com amor, respeito e paciência oferecendo a sociedade filhos e netos melhores para as gerações futuras.

           Esperando que os lideres mundiais tenham consciência e juízo, não prejudicando mais o planeta, pois ele sobrevivera enquanto que a humanidade não...

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo clinico e psicoterapeuta.

 

 

 

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

 

Alienação parental

 

          Alienação parental é um termo utilizado no meio jurídico e psicológico, que se refere a um conjunto de comportamentos adotados por um ou pelos dois pais separados ou responsáveis, com o objetivo de afastar a criança ou adolescente do outro genitor, prejudicando a relação afetiva entre eles, de forma manipuladora. Pode ocorrer de ambos os lados, com a intenção de se vingar ou por ciúmes, ou por vários motivos, prejudicando o desenvolvimento da criança.

          Alguns exemplos são: falar mal do outro genitor na presença da criança ou quando está com ela, ou ameaçando por telefone ou pessoalmente para tentar desestabilizar o outro, isso pode acontecer com quem tem a guarda ou quem quer tirar a guarda, por vários motivos e interesses. Podendo impedir o contanto com o outro genitor, omitindo informações sobre a vida social da criança, interferindo nos relacionamentos de cada um por ciúme, com controle e possessividade patológica.

          Pode ocorrer com o genitor que por não ter a guarda e querer obtê-la, manipular a criança, provocando uma relação toxica e narcísica, não cumprindo com a decisão judicial, deixando de pagar parte ou total da pensão, não querendo que a mãe se relacione com outra pessoa.

          A lei 12.318/2010 é a que trata do tema estabelecendo medidas que podem ser adotadas pelo juiz para proteger os direitos da criança principalmente.

          As medidas que podem ser aplicadas são: advertência aos alienantes, multa, ou suspensão da autoridade parental, medida protetiva, dependendo de cada caso e provas.

          Sempre quem mais sofre é a criança que se sente como num cabo de guerra, na disputa pela guarda, muitas vezes não por se preocupar com ela, mas por inveja, ciúme, valor da pensão, manipulação do outro genitor.

          A criança pode desenvolver ansiedade, depressão, baixa rendimento escolar, fobia social etc.

          As possíveis soluções são as psicossociais, mediação familiar, terapia individual e familiar, cumprimento das decisões judiciais sobre a guarda e convivência. Pode-se até pedir avaliação psicológica dos genitores.

          Os avós podem ajudar ou prejudicar esse processo.

          É lamentável quando um dos genitores ou responsáveis usam a criança aplicando alienação parental, por interesses somente para prejudicar o outro, sem se preocupar com o desenvolvimento da criança ou adolescente em formação. 

           

          A educação essencial nos primeiros anos de vida deveria ser com amor, respeito e bom senso entre as partes de forma madura e conscienciosa.

          Vemos casais que se separaram, formaram outras famílias, mas se dão bem, inclusive as crianças se relacionam formado uma grande família, muitas vezes esses pais se dão melhor após a separação do que quando estavam juntos, mas isso requer muita maturidade e inteligência emocional. Poderão também procurar ajuda profissional psicológica e jurídica para compreender essas situações pelo bem de todos.

          O melhor caminho é o da conciliação amigável, caso contrario, viverão em eterna briga se prejudicando entre si e os filhos, podendo acabar em tragédias e até prisão por vários motivos.

          Que todos tenham um mínimo de lucidez, juízo e humanidade para resolver essas pendencias.

          Pensem bem antes de ter filhos, principalmente atualmente devido aos individualismos e competições entre os sexos.

          Quem ama não compete, nem aplica a sabedoria salomônica.

           Que assim seja...

 

 

 

Marco Antonio Garcia

 Psicólogo e psicoterapeuta

 

 

         

 

 

Nomofobia

 

          Você consegue ficar longe do celular ou computador e deixa-los desligados?

          Essa é uma mania ou vicio recente, podendo atingir pessoas de qualquer idade, mas principalmente na adolescência. Podendo se transformar em patologia, devido a grande dependência desses aparelhos.

          Os sintomas podem ser: estresse, depressão, dificuldade de se relacionar, insônia, devido à ao medo ou ansiedade pela falta de uso do celular, tornando as pessoas mais individualizadas não se relacionando através de diálogos e sim por mensagens, não só nas escolas, que atualmente estão proibindo o uso durante as aulas, mas também entre famílias que se comunicam por mensagens uns ao lado dos outros.

          Por ser uma patologia recente, ainda se estuda suas consequências, por ser um distúrbio multifatorial. Vivemos numa sociedade ansiosa, imediatista na busca de motivações, recompensas e prazeres imediatos, aumentando o nível de dopamina, gerando um vicio às vezes sem controle.

          Os estudos recentes relacionam os traços de impulsividade e baixa autoestima na dependência do celular, com fatores sociais, ambientais e genéticos.

          Para amenizar isso tudo, é importante a redução no uso dos aparelhos, necessitando às vezes, medicamentos e ajuda psicológica. O uso do celular e da internet são importantes, para a educação e aprendizagem, mas sem dependência.

          Sem falarmos no ciberbullying, com difamação, assedio, exclusão, stalking, difamação, ameaças etc. Podendo causar sofrimento a toda família. As mídias sociais deveriam ser para divulgar bons momentos e não competições mentirosas fragilizando nossos adolescentes.  Nosso cérebro ainda é análogico enquanto as tecnologias estão cada vez mais digitais.

          É importante variar as praticas cotidianas, com meditação e exercícios físicos, esportes, leituras, visitas a parques e a centros culturais, museus, para minimizar o uso e dependências desses aparelhos.

          Vigiar, proibir e controlar as atividades dos filhos são importantes e necessárias, orientando e dando outras opções para que eles não vivam no mundo das sombras ocultas perigosas que podem leva-los a automutilação e ate suicídio.

          Quem ama educa, com autoridade, disciplina e limites, bem com dialogo, atenção, carinho, compreensão e qualidade de tempo.

          A velocidade da tecnologia nos assusta até com a inteligência artificial, tão necessária quanto pode ser danosa e cabe a todos nós educadores e a família nos unirmos para vencer esse vilão devorador de jovens e famílias.

          Não confundir nomofobia com monofobia, ambas afetam a forma como nos relacionarmos com o mundo e com os outros, enquanto a nomofobia é o medo irracional de ficar longe do celular e desconectado com o mundo das redes sociais, a monofobia e o medo irracional de ficar sozinho e isolado, ambos podem impactar na vida e na saúde mental das pessoas.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta junguiano

 

 

 

                                                    Você tem tempo?

 

 

                               Somos uma maquina do tempo, vivemos querendo mudar o passado ou o futuro, e esquecemos do presente, o aqui e o agora. É no presente que podemos compreender o passado e tornar o futuro como queremos, dentro do possível. Temos 24 horas todos os dias para isso.

          O tempo é relativo, pois o passado pode ser a um segundo atrás ou há 10 anos, assim também acontece com o futuro. Estamos constantemente buscando respostas, explicações, justificativas e questionamentos, para o que já passou ou o que ainda não chegou.

                                 O passado já passou e o futuro não chegou.

                                 No passado estão nossas recordações, legados, memórias e lembranças que podem ter sido boas ou não, como diz os provérbios: “não adianta reclamar pelo leite derramado, pois águas passadas não movem moinhos”, o passado às vezes nos traz magoas, angustias apegos, perdas e ou alegrias e saudades, devendo nos servir como experiências, bagagens, aprendizagens, assim devemos compreender e aceitar o passado tirando lições para o presente e para o futuro.

          O tempo cronológico é diferente do tempo social, e continuamos a reclamar por não ter tempo, o que nos falta é planejamento e disciplina, apesar do excesso de informações que recebemos todos os dias.

                                No futuro estão nossas realizações e medos. E às vezes não controlamos nossa ansiedade e sofremos querendo que o futuro ou os problemas se resolvam da nossa forma e o mais rápido possível, e como diz o provérbio “não apresse o rio, pois ele corre sozinho” superando todos os obstáculos para chegar ao seu destino. As aguas buscam o caminho mais fácil e muitas vezes o mais longo com calma e paciência, apesar das enchentes, levando tudo que se opõe na sua frente, a natureza não é má, o ser humano é que a invade.

                                 Sofremos e nos julgamos e às vezes nos condenamos, pois o maior juiz é a nossa própria consciência. Se não enfrentarmos nossos problemas eles continuarão conosco, não adiantando fugir, pois eles estão dentro de nós, assim devemos enfrentar nossos problemas mesmo não querendo, mesmo com medos, transformando e mudando as atitudes no presente compreendendo o passado e assim teremos um futuro melhor.

                                  Acredite sempre em você, enfrentando seus medos, seus fantasmas simbólicos. A grande questão perturbadora é quando nos perguntamos: E SE...   Essa questão nos perturba e neurotiza, quando não aceitamos ou não diluímos nossos conflitos. Tentamos controlar o tempo o tempo todo, às vezes reclamando que o tempo não passa e às vezes reclamando porque passa tão rápido.  O tempo cronológico é o mesmo, nós é que devido as nossas ansiedades queremos controla-lo, controlando tudo até nossos medos e emoções, e quando não conseguimos desabamos transbordando em lamentações, reclamações e insatisfações.

          Tem um ditado que diz que o tempo é o senhor as razão, sendo uma das melhores soluções para quase tudo, conflitos pessoais, familiares, profissionais e judiciais.

          Queremos fazer mais do que as vinte e quatro horas do dia, devido ao acumulo de tarefas e estímulos que recebemos diariamente nas mídias sociais, assim depende de nós administrarmos nosso tempo, que não pode ser desculpa para tudo que não queremos fazer.

                                   A imaginação humana viaja como uma maquina do tempo, querendo alterar     o processo evolutivo que pertence a toda a humanidade. Não somos um computador quântico.

          O tempo é o pai da sabedoria, do amor e da vontade.

          A única certeza que temos da vida é a morte e questionamos se temos medo da morte ou como e quando vamos morrer. Não vivemos o presente a cada dia, não nos preparamos para a morte ou para a velhice, daí ficamos reclamando culpando os Deuses por isso.

          Assim se vivermos mais o presente, planejando e disciplinando às 24 horas           que recebemos todos os dias, sem angustia, compreendendo o passado, sem depressão e o futuro sem ansiedade, poderemos ser melhores naquilo que planejamos, pois cada um colhe o que planta no tempo certo... 

          Devemos viver um dia por vez, no presente, como um presente, saibamos aproveita-lo, o tempo é o mesmo para todos...

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo Clinico e psicoterapeuta

 

segunda-feira, 26 de maio de 2025

 

                               Memorias

 

        A memoria é uma função psicológica que permite que parte do nosso cérebro, principalmente no hipocampo, adquire e armazene informações dos vários sentidos.

        As memorias são arquivadas no passado e no presente para serem utilizadas no futuro.

         Como nos dispositivos eletrônicos, os HDs guardamos dados por um período de tempo, no entanto como seres humanos, somos diferentes, pois podemos lembrar-nos de fatos da infância importantes e esquece-los por algum motivo ou complexo emocional.

Todos nós já esquecemos algum objeto, lugar compromisso ou lembranças. O esquecimento faz parte do funcionamento da memoria cerebral.

Esquecer é normal e necessário para dar lugar a novas ideias e fatos para nossa consciência egoica. Muitos conteúdos ficam no subconsciente ou inconsciente, e quando precisamos nos lembrar, eles emergem, se forem importantes e significativos como nos sonhos, caso contrario esquecemos por que não precisamos ou não queremos lembrar.

Com o passar dos anos nossos neurônios vão morrendo e temos a tendência de esquecer pequenas coisas principalmente memorias recentes, como acontece com algumas doenças neurodegenerativas, e algumas demências.

A partir do momento que o esquecimento interfere na vida cotidiana, comprometendo a independência pessoal e social, começa a preocupação.

O Transtorno neurocognitivo ou demência é o conjunto de sintomas e alterações na memoria de longo, médio ou curto prazo, que afetam o raciocínio, julgamento, linguagem e o pensamento.

Fique atento quanto tiver alterações no humor sem motivo, guardar objetos e não se lembrar de onde estão ou ficar mais lento nas atividades, esquecer palavras comuns, repetir as mesmas perguntas com frequência, esquecer onde está e se sentindo perdido.          A doença mais comum é o Alzheimer, que é grave e pode ser hereditária entre outras causas e estudos recentes têm evoluído com medicamentos que podem retardar esse processo.

Algumas causas dos esquecimentos podem ser a depressão, muita ansiedade e estrese, transtorno do sono, síndromes metabólicas e endócrinas, medicamentos, traumas, alcoolismo, excesso de informações como num HD cheio, etc.

Nossa memoria é seletiva, às vezes esquecemos o que não queremos nos lembrar, como um mecanismo de defesa do ego, ocorrendo ate atos falhos.

Muita preocupação e tensão no dia a dia com excesso de visualização nas mídias sociais e estímulos externos prejudicam a memoria, podendo ter um apagão dando um branco quando você mais precisa se lembrar de como num vestibular, com medo de errar e não dar conta da pressão.

Esquecer algo e voltar para buscar e esquecer o que veio buscar desde que seja logo após é normal, pois queremos fazer varias coisas ao mesmo tempo, o que não é possível e sempre se dá preferencia a um fato mesmo querendo fazer varias cosias, assim acabamos por esquecer o que queríamos lembrar ou não, quem sabe. Atualmente o esquecimento não afeta apenas os mais idosos, pela perda de neurônios, afeta também muitos jovens por excesso de informações e preocupações ansiosas.

Por isso não se cobre tanto, respeite seus limites, a vida é feita de bons momentos, os ruins tente supera-los e não sofrer tanto por eles, que estão no passado. Não confundir esquecimentos com Anosognosia.

Anote com caneta e papel os compromissos futuros, numa agenda ou use artifícios mnemônicos, você não é um supercomputador com HD cheio.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 2 de maio de 2025

 

Gerações Dopamina

 

          Por que chamo de gerações dopamina?

          A dopamina é um neurotransmissor muito importante do nosso organismo, produzido entre outros locais, no intestino e no cérebro na substancia negra, sendo responsável pelos prazeres, motivação, e movimentos voluntários e involuntários do corpo, provocando reações intensas de prazer e recompensa, como num vicio de adictos, em geral estimulantes, como compulsão por substancias ou atividades. Quando está em desequilíbrio pode provocar patologias desde a infância, como os TDAH, psicoses, e na terceira idade Doença de Parkinson, entre outros sintomas psicológicos.

          Esses excessos atingem varias gerações desde o baby Boomers que nasceram a partir de 1940 até as mais atuais como a geração X, Y, Z, Alfa e até a Beta. Claro que varia de pessoa para pessoa dependendo da educação recebida.

          No entanto trata-se de um fenômeno psicológico emocional e comportamental onde os indivíduos estão buscando recompensas rápidas, muitas vezes sem limites, disciplina e falta de autoridade com desrespeito e até agressividade. A monofobia mostra esses vícios sem controle dos pais e dos adolescentes principalmente, como na a minissérie Adolescência.

          Outro exemplo são os smartphones, as mídias sociais, os jogos de azar, que se tornaram mais importantes do que o dialogo e os relacionamentos, estimulando isolamento social perigoso, principalmente para os mais jovens, apesar de também atingir pessoas com mais idade, mas com imaturidade emocional. Por isso as crianças não deveriam ter acesso às telas antes dos sete anos, e serem educadas com estórias infantis ou desenhos próprio para cada idade.

           No livro Nação dopamina, a autora mostra” por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar”.

          Buscar o equilibrio entre o prazer e o sofrimento não é fácil, pois somos bombardeados de estímulos externos pedindo para consumirmos mais e mais e sem controle, e devemos resistir a esses apelos pelo nosso próprio bem. Saber dosar para viver melhor, pois temos a escolha entre o amor e a dor, como dizia Jung à vida é um equilibrio entre a alegria e o sofrimento para superar e não para se entregar.

          Nosso cérebro ainda é analógico, enquanto a ciência é digital, e vai demorar muito para evoluirmos, e a inteligência é orgânica e não mecânica como a IA.  A convivência relacional ainda é a melhor forma de desenvolvimento, dai a importância de limitar o uso dos smasrtphones, nas escolas e em casa. A família é como um pacote de TV a cabo com muitos canais, mas só gostamos e interagimos com poucos.

          Só o tempo vai dizer como será essa adaptação, pois só adia os conflitos e possíveis soluções.

          Por isso, devemos fazer movimentos e exercícios aeróbicos e musculares, ter boa alimentação, bom sono, cuidar da ansiedade, entrar em contato com a natureza se quisermos ter mais qualidade de vida até a morte, e você pode adia-la ou antecipa-la, você decide, se não conseguir sozinho peça ajuda.

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta Junguiano

 

 

 

 

 

Sarcopenia

 

          Sarcopenia tem origem grega e significa perda de carne, sarx significa carne e penia-deficiência. Carne é proteína, sendo muito importante para o organismo, podendo ser animal ou vegetal.

          O termo foi usado pela primeira vez em 1989, sendo considerada uma doença pelo CID M62. 84, como a perda de massa e função do musculo esquelético.

          A sarcopenia acontece quando temos perda de massa muscular, na força dos músculos, devido principalmente à idade mais avançada e a falta de exercícios e boa alimentação, prejudicando a qualidade de vida das pessoas com mais idade. É um processo natural devido à perda muscular nas pessoas acima dos 50 anos que são mais sedentárias. Com a idade nosso metabolismo fica mais lento, alguns hormônios como a testosterona e o estrogênio, reduzem a produção afetando a síntese de proteínas. Os exercícios físicos e mentais ajudam na produção de dopamina, responsável pelos movimentos do corpo.

          Podem surgir doenças crônicas, devido ao ambiente, bem como a genética e a hereditariedade, como a hipertensão a diabetes, câncer e as inflamações neurodegenerativas, induzindo um estado de catabolismo, que degrada o tecido muscular.

          A obesidade pode acelerar a sarcopenia, causando um estado inflamatório crônico e a resistência à insulina. Os ossos podem ficar mais frágeis, gerando as artrites, pois com a idade a habilidade do nosso corpo de transformar proteínas em energia diminui. Ocorrem também diminuição de vitaminas.

          Os sintomas da sarcopenia podem ser: redução do tamanho dos músculos, fraquezas e falta de resistência física, com problemas na coordenação motora. Por isso é muito importante fazer consultas e exames médicos para acompanhar a saúde física e mental.

          Nunca é tarde para fazer exercícios físicos de acordo com a orientação profissional e a idade, mas quanto antes forem feitos maior longevidade com saúde teremos. Devemos nos cuidar como fossemos um carro antigo de colecionador e não um carro velho enferrujando.

          Nossos antepassados não eram sedentários e sim nômades, não tinham casa nem plantações, por isso saiam para buscar comida e andavam muito e se movimentavam, correndo riscos, mas isso os deixavam mais fortes, mas também morriam mais cedo pelos riscos que corriam.

          Os cuidados com o corpo e a mente, nos levará a ter uma qualidade de vida melhor apesar das limitações, se não nos cuidarmos seremos uma pessoa caquética. Os exercícios também precisam ser mentais, como leituras, jogos e os sociais, tendo relacionamentos agradáveis, se puder dançar é ótimos, os físicos com exercícios aeróbicos, fortalecimento muscular e de equilibrio, pois o importante não é viver muito, mas viver bem dentro do possível.

          É uma doença moderna devido às facilidades que temos em adquirir as coisas, assim ficamos mais preguiçosos, e engordamos mais, comendo e bebendo mal e se mexendo pouco, por isso a sarcopenia foi somente reconhecida como doença em 2019.

          Enfim, comer corretamente, exercitar a mente, usando a inteligência emocional ter bons relacionamentos, e se mexer são os melhores remédios para uma vida mais saudável.

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta.

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

 

Dependência emocional feminina

 

                          Amar é muito bom, mas amar demais e a pessoa errada com muitas incompatibilidades pode ser uma doença, uma paixão destrutiva.

                         A dependência emocional acontece com mulheres inseguras, dependentes, controladoras, autoritárias, manipuladoras, possessivas, maternais e vivem uma relação de co-dependência, por medo de ficarem sós, se sentirem abandonadas, rejeitadas e submissas, com complexos surgidos geralmente na infância, parece paradoxal.

                      Pode atingir homens, mas é mais comum em mulheres. É possível reverter esse quadro de submissão, dependência, agressão, sofrimento, possessão, para um quadro de independência, sucesso e felicidade, varias mulheres e homens conseguiram, é preciso se conhecer melhor e se aceitar para poder mudar e se transformar.

                    A mudança é uma porta que se abre pelo lado de dentro apenas.

                    Se você se identificar com essas características citadas, cuide-se. Muitas vezes, amigos e até a psicoterapia, orientam sobre a relação, mas elas não enxergam e não conseguem de desvencilhar, achando que vão mudar o homem para que seja do jeito que elas gostariam, mas enganam-se, esses homens não mudam.

                   `E uma paixão sem controle, se relacionando com pessoas problemáticas, narcisistas, individualistas, podendo ser viciadas, violentas e emocionalmente instáveis, causando a dependência emocional.

                  Apresentam dificuldades em se relacionar com pessoas mais equilibradas, preferem discutir por qualquer motivo, ficando irritada, mal humorada e estressada, querendo sempre ter razão, que também afetam o emocional.

                 Se sente mãe ou pai do parceiro/a, querendo proteger cuidar, até sufocando o outro.

                  Quando sozinha fica deprimida, insiste manter o relacionamento mesmo estando ruim e toxico, com constantes discussões.

                 É perfeccionista, exigente e muito ansiosa, com auto estima baixa, com necessidade de chamar atenção, pode ter traumas na infância, com ciúme excessivo, pode ter sofrido abusos sexuais, medo de abandono e rejeição, necessita de proteção, e idolatra o outro, se pune e se culpa achando que não merece ser feliz.

                    Seja a sua prioridade, você é a pessoa mais importante, tenha amor próprio, se ame primeiro para depois amar o próximo, pode ser o parceiro e ate os filhos, ou outras pessoas.

               Ninguém pode ter a posse do outro.

                 Muitas vezes os filmes e as novelas imitam a realidade, exagerando ou não, tudo é possível com o ser humano.

              O Ideal é que busquemos o caminho do meio como diz o Taoísmo, evitando estar nos extremos entre a paixão e o ódio, sempre buscando o amor que é o equilíbrio dinâmico e constante da vida.

               Saiba que você é a pessoa mais importante. não de forma egocêntrica, mas tendo amor próprio, goste de você, se ame assim os outros também te respeitarão e te completarão, não devemos viver em função do outro, o outro pode ser importante, mas é o outro, pois o amor liberta.

                   Ame a vida e a si mesma.

                  A vida é uma roseira com flores, perfume, mas também tem espinhos ou como a rapadura, é doce, mas não é mole. 

 

 

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta

 

 

Finitude

 

 

          Tudo tem começo, meio e fim, será?

          Nascemos, vivemos e morremos...

          Finitude define o tempo existencial das pessoas e coisas da natureza, que tem um fim na existência, mas não na essência.

          O fim pode ser hoje, amanha ou nunca, uma vez que o universo com seus mais de 13 bilhões de anos ainda está em expansão, com mais de um trilhão de galáxias.

          Então o que somos no planeta terra!

          Por isso o ontem já passou e o amanhã não chegou e o tempo que temos é agora.

          Falando de nós quase humanos, se soubermos do nosso fim como reagiríamos, será que nos acomodaríamos ou tentaríamos aproveitar o máximo de vida que nos resta.

           Finitude pode ser uma resposta emocional diante uma situação de perda.

          Por mais natural, maior e única certeza que temos desde que nascemos que é a morte finita ou não, existem as crenças religiosas e filosofias de vida de cada um.

          O que podemos fazer para não sofrer muito perante a finitude.

          Valorizar mais a vida

          Fazer melhores escolhas

          Mudar na existência melhorando sempre

          Elaborar melhor os lutos e perdas

          Realizar mais os objetivos planejados

          Aproveitar melhor o tempo social

          Viver com mais prazer se alimentado bem, se exercitando , cuidando da sua saúde física, mental e espiritual, trabalhando no que gosta gostando do que faz ter lazer e hobbies, assim talvez possamos ter mais momentos de felicidade, cada um do seu modo, buscando a paz interior, uma vez que a exterior está cada vez mais difícil.

          A diferença entre o medo e a esperança é que o medo é uma expectativa de que algo de ruim possa acontecer, enquanto que na esperança a expectativa é de que algo bom possa acontecer, prefiro ter esperança, apesar do medo ser real.

          O mais importante não é viver muito e sim viver bem...

          A vida é um eterno recomeço.

          Pra vida toda valer a pena viver..., livro da Ana Claudia Q. Arantes.

Finitude

Que a cada dia eu tenha um objetivo e um motivo para lutar

Que eu agradeça sempre antes de deitar

Que a tristeza e as desilusões não me faça perder a ternura

Que eu entenda que nem tudo o que quero é viável

Que não se vive sem uma pitada de dor

Que a finitude seja por mim respeitada

Que algumas saudades não significam nada

Que passo rapidamente de decapitador e decapitado

Que quanto mais ofereço mais sou recompensado

Que sou humano, mas nem sempre sou errado.

Por Moacir Luís Araldi

 

Marco Antonio Garcia

Psicólogo e psicoterapeuta Junguiano

 

  Netos     Os netos são os filhos dos filhos, dando continuidade à família.           Os netos quanto mais cedo vierem melhor para os...