terça-feira, 6 de julho de 2010

Pecados Capitais

São tantos os pecados que cometemos no dia a dia que seria difícil enumera-los. No entanto vou abordar os sete pecados capitais estabelecidos pela tradição cristã. Descreverei comportamentos ligados aos “pecados”, uma vez que podem ser benéficos ou maléficos dependendo da intensidade. Os sete pecados são: Vaidade, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e a Luxuria.
A vaidade também conhecida como soberba, é o mais terrível dos pecados, pois a pessoa se considera superior aos outros, tendo uma imagem distorcida da realidade, delirando, tendo necessidade de aparecer, chamar a atenção para si, tendo sede de poder, somente ressaltando suas qualidades e não percebendo suas dificuldades e limitações. `Podemos ter vaidade, tendo amor próprio, se cuidando, isso é bom, mas em excesso ou ausência em que a pessoa se abandona não cuidando do seu aspecto físico e psicológico é o que faz o pecado.
A inveja é denominada a arma do incompetente, quando a pessoa se compara a outra pelo que tem ou é se sentindo inferior, com baixa estima e ao invés de trabalhar para conquistar com seus próprios méritos, torce para que o outro perca o que conquistou, gerando a cobiça. A inveja é positiva quando você vê algo com alguém ou na mídia e trabalha para adquirir pelos seus próprios méritos sem precisar roubar do outro. Se gostar de algo, conquiste admita o bom gosto do outro e possua. Como diz o ditado: Não me inveje, trabalhe e conquiste, acredite em você.
A ira se manifesta através de suas frustrações, humilhações recalcadas ao longo de sua existência, com rancores, ódio, gerando reações agressivas contra si e contra outros que nada tem a ver com seus problemas. Enfrente-os, supere-os, fale de seus sentimentos, não guarde desabafe, caso contrario o maior prejudicado será você mesmo. Conheça-te a si mesmo, e só assim controlará sua ira, sem projetar no outro. Trate o outro como gostaria de ser tratado. Use sua ira a seu favor ela também pode ser positiva.
A preguiça, que gera falta de vontade e iniciativa, deixando para amanhã o que pode e deve ser feito hoje, pode ter como causa, depressão, acusando os outros pela sua falta de garra ou competência, levando a vadiagem e a perda do caráter e acompanhada da inveja pode gerar ira. Não se acomode, reaja, seja um eterno aprendiz.
Podemos ter momentos de preguiça, ociosidade merecida, durante umas férias ou após um árduo trabalho, mas em excesso ela te destruirá e afetará aqueles que estão próximos a ti.
A avareza, com apego exagerado a bens materiais e ao dinheiro, leva a pessoa a ganância, estando ligado a vaidade e a inveja. Podem ser pessoas sem limites em ter, mas não desfrutam do que conquistam, acreditam que vão viver para sempre, mas caixão não tem gavetas. Por isso é bom ter dinheiro honesto para desfrutar com prazer, alegria e felicidade. A generosidade traz prosperidade interior e exterior.
A Gula não está ligada apenas aos prazeres gastronômicos, e sim ao ter mesmo sem precisar. Podemos ter mais do que precisamos, mas vamos achar que temos menos do que merecemos. O guloso por tudo na verdade é um fraco insatisfeito e carente afetivo. Todo excesso é condenável, pois vira um vicio negativo. Se alimente do que precisa e merece.
A Luxuria vai alem do vicio por sexo, significa se entregar a prazeres físicos, a corrupção dos costumes morais e éticos. Evite esse vicio em excesso, a sexualidade, o bem vestir o bom gosto é natural e importante, mas sem obsessões ou compulsões.
Todos nós temos um pouco de cada um desses comportamentos, o que não podemos é ter muito de um só.
Podemos optar pelas trevas ou pela luz, temos o livre arbítrio.
Busque o equilíbrio emocional para crescer e se desenvolver sem excessos ou ausência de qualidades. Tudo pode ser dosado e assimilado positivamente. Tenha vaidade sem ser vaidoso, sinta inveja positiva sem ser invejoso, expresse sua ira contra as maldades humanas e não contra si mesmo, respeite sua ociosidade e momentos de reflexão de solidão solidária sem ser preguiçoso, adquira bens e usufrua em vida sem ser avarento. Aproveite os prazeres da boa mesa, saboreando o que gosta, tendo amor próprio sem ser guloso. Desfrute dos prazeres do corpo e da beleza humana sem desrespeitar o seu próximo, ou exagerar na luxuria.
Enfim faça tudo isso sem cometer excessos, e sem sentir culpas, não queira ser julgado pela sua própria consciência, pois esse é o pior julgador.
Seja livre e tenha bons hábitos.
A vida é bela, sabendo vive-la.

Marco Antonio Garcia
Psicólogo/psicoterapeuta

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