No inicio das relações tendemos a idealizar o parceiro (a).
Identificamo-nos com que ela ou ele tem de bom e de comum com a gente. Passado o tempo nos conhecendo melhor, começamos a nos apegar as diferenças e nas incompatibilidades, pois narciso acha feio o que não é espelho, como diz Caetano.
Buscar o equilíbrio e compreensão do outro é importante para o nosso crescimento pessoal e emocional.
Os conflitos amorosos e até profissionais ocorrem porque quando damos mais atenção a um fato aumentamos o significado que ele tem para nós.
Como nossas emoções e sentimentos dependem dos hormônios secretados por glândulas no cerebro e não no coração, e pelo fato do nosso psiquismo subconsciente ser irracional, quando focamos muito em um problema que não conseguimos resolver , valorizamos cada vez mais aumentando a possibilidade de não encontramos uma solução. Se ao contrario valorizássemos mais os fatos e casos resolvidos teríamos mais chance de encontrar solução para os problemas, pois nosso cérebro se focaria mais nos problemas e situações resolvidas dando mais significado para eles, assim elevaríamos nossa autoestima e autoconfiança ajudando a enfrentar os problemas ao invés de evitá-los.
O melhor é buscarmos equilíbrio na atenção que damos aos acontecimentos.
Por isso quando encontramos alguém colocamos nossa atenção nas qualidades aparentes e em comum com a gente, não percebendo os pontos divergentes ou negativos e aí nos sentimos enganados quando eles aparecem.
A “culpa” é do nosso cerebro que distorceu nossa visão e aí nos irritamos e focamos somente os pontos negativos do outro de forma mais intensa, esquecendo dos pontos positivos em comum.
O ideal seria colocarmos numa balança as qualidades e os defeitos ou dificuldades nossas e do outro e aí observarmos o equilíbrio sabendo que não somos perfeitos. Se a balança continuar em equilíbrio, o relacionamento poderá durar muito tempo, mas se o desequilíbrio for muito grande, as incompatibilidades e os defeitos superarem as qualidades por muito tempo, então é hora de se separarem, e se as qualidades forem maiores aí esse relacionamento poderá durar muito, e para sempre se houver compreensão, respeito, cumplicidade e lealdade.
Cada um tem 50% de responsabilidade no relacionamento, a diferença é o que cada um fará do seu 50%.
O homem espera que a mulher seja a mesma que ele conheceu no inicio do relacionamento, mas ela muda ao casar e ter filhos, assim como a mulher acredita que conseguirá mudar o seu homem, ao longo do relacionamento, mas o homem não muda, apenas adapta-se a algumas situações, mas na essência não ocorre mudanças.
Devemos manter a balança do relacionamento em equilíbrio pelo menos, pois as pessoas mudam pouco ao longo da vida, na verdade nos transformamos no que realmente somos e fomos no passado, usamos maquiagem psíquica que pode ajudar, mas um dia a mascara cai...
Por isso a busca pelo autoconhecimento é constante.
Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta
Artigos da coluna Psicologia no Jornal Semanário da Zona Norte desde 1999. Quadro na radio Studio 1 Web Radio, aos sábados das 10 as 12 horas. Estamos em constante processo de individuação ... Contato tel. 11 2950 4037
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E quando o problema não está no relacionamento e sim no próprio parceiro? Traumas, mágoas de outras pessoas... Me responde se possível. henriqueg2r@gmail.com
ResponderExcluirA pessoa deve procurar ajuda profissional afim de compreender e elaborar esses traumas e demais sentimentos não resolvidos no passado.
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