sexta-feira, 23 de abril de 2010

Agressividade na adolescência

“Os jovens de hoje rebelam-se contra a autoridade, não respeitam os mais velhos, contradizem seus pais, cruzam as pernas e tiranizam seus mestres”.
Comecei com essa frase, por ser muito atual, apesar de ter sido dita a 2.400 a.C., pelo filosofo Sócrates na Grécia. A partir daí percebemos que a adolescência é um período de grandes transformações físicas, psicológicas, sociais e hormonais. No entanto os comportamentos adolescentes em muitos casos pioraram muito, pois estão mais agressivos vândalos e violentos.
Acredito que devido ao excesso de estímulos externos como o consumismo; desigualdades sociais, que geram invejas negativas; conflitos familiares, dificuldades financeiras separando a mãe dos filhos, pais mais ausentes, falta de perspectiva do jovem quanto ao futuro profissional, paranóia geral, índole pessoal, muito individualismo; educação familiar e escolar falhas; excesso de diretos e poucos deveres gerando impunidade.
O Estatuto da criança e do adolescente é muito bom, mas para um país com mais cultura e condições de aplicá-lo, o que por enquanto no Brasil não temos. Não adianta temos Leis boas que não são aplicadas.
A educação da criança e do adolescente é complexa, pois inclui limites, respeito a autoridades, disciplina, condições de desenvolvimento pessoal e profissional, liberdade com responsabilidade, carinho , atenção e dialogo. A educação recebida na família é de estrema importância, desde que dando mais exemplos do que falando. Os exemplos devem vir das autoridades também , e isso temos muito pouco há muito tempo e os modelos de identificação são mais negativos que positivos. Não vamos isentar a criança e o adolescente de suas responsabilidades, pois muitos podem desenvolver distúrbios de personalidade e conduta que precisam ser tratados e até afastados da sociedade por se tornarem perigosos e colocados na FEBEM, mas para educar e não formar mais delinqüentes.
Não é protegendo demais, dando de tudo material e pouco amor e carinho que vamos salvar essa geração .
Os vínculos de confiança devem ser mais seguros, como também as condições sócio econômicas das famílias que influenciam na formação do jovem .
Somos todos responsáveis pelos ensinamentos e aprendizagens, falta talvez mais preparo e condições pessoais e materiais dos educadores para transmitir e incutir bons exemplos; bem como regras e normas mais rígidas. Educar com firmeza, mas com amor e com famílias mais estruturadas e escolas mais preparadas, pois fora da educação não há salvação, sabemos disso, mas quando vamos realmente nos educar e educar nossa juventude, antes que seja tarde demais.
È difícil chagarmos a uma conclusão, pois existem muitas variáveis na evolução do ser humano, como o caráter do próprio individuo, a situação familiar quer seja de relacionamento ou condições sócio econômicas e a própria condição biológica do ser humano que é agressivo por natureza em busca da sobrevivência , como mostrado no filme “ A guerra dos mundos ” e que precisa ser controlada e entendida; mais pesquisas precisam ser realizadas, para entendermos esse animal racional que somos, ainda em processo de evolução...


Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta e Pedagogo.

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