Amor passional, segundo Shakespeare:
O amor é uma fumarada de suspiros; liberto, é uma chama que brilha nos olhos dos enamorados; prisioneiro é um mar que alimenta as suas lágrimas.
Escrever sobre o amor é sempre bom, mas não sobre o amor passional, que não é amor como diz Shakespeare, pois um sentimento que aprisiona é paixão que cega e anula o apaixonado, que se não for correspondido se transforma em ódio, que são os extremos do amor verdadeiro, que respeita, liberta, cuida sem possessão. O que temos visto e ouvido nos últimos dias, com relação ao final de relacionamentos sem limites, é vicio, como dependência química, medo do abandono e solidão por insegurança, dependência, complexo de inferioridade, ciúme patológico. Assim a paixão se transforma em ódio e não em amor. Quando a pessoa se sente rejeitada pelo outro podendo ser homem ou mulher, perde o controle, se transforma em suicida e homicida, pois não suporta o desprezo, com medo de perder o domínio, tomando posse do outro e da situação. Casos difíceis de serem controlados, por mais previsível que seja o comportamento humano. A tomada de decisão deve ser pronta a fim de se evitar tragédias. Nossa sociedade e a família principalmente estão cada vez mais individualistas, sem valores e limites. Confundem liberdade com libertinagem, e sem responsabilidades devido à impunidade das leis mal implantadas e aplicadas. As pessoas neste estado de crise e surto ficam angustiadas, agressivas, ansiosas, principalmente se estão em posse de armas. Segundo os estudos as prováveis causas de pessoas nesse estado, passaram por conflitos nos primeiros anos de vida, com relação ao apego maternal, e ausência da figura materna, de forma exagerada, gerando insegurança e medo do abandono, assim projetam nos outros essas carências, causando ansiedade da separação, ficando deprimidas e com T.O.C.. O tratamento psicoterápico é possível com acompanhamento medicamentoso, desde que a pessoa aceite e se perceba doente, ou alguém o ajude a procurar auxilio profissional. O objetivo da psicoterapia é fazer o individuo buscar dentro de si os caminhos e superar os obstáculos para se aceitar e compreender seu processo de individuação. Percebendo a diferença entre paixão, amor e ódio, se permitindo a viver e conviver no seu relacionamento sem perversões, auto punição, masoquismos e sadismos, se respeitando e respeitando o próximo. Caso contrario se tornará um perigo para si e para os outros, como no caso recente de Eloá.
Tenha amor próprio, ame a si mesmo e conheça-te, somente assim poderá amar o seu próximo...
Marco A. Garcia
Psicoterapeuta
Artigos da coluna Psicologia no Jornal Semanário da Zona Norte desde 1999. Quadro na radio Studio 1 Web Radio, aos sábados das 10 as 12 horas. Estamos em constante processo de individuação ... Contato tel. 11 2950 4037
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Maravilhoso texto. Está acontecendo no meu relacionamento o descritivo acima porém sem agressões. Estou buscando a melhor forma de me informar sobre o assunto para saber qual é o ponto de partida que devo tomar, pois o meu parceiro é extremamente possessivo e quer ajuda para mudar, mas não aceita que concorde que precisa de ajuda.
ResponderExcluirTexto maravilhoso, mais uma vez.
Maravilhoso texto. Está acontecendo no meu relacionamento o descritivo acima porém sem agressões. Estou buscando a melhor forma de me informar sobre o assunto para saber qual é o ponto de partida que devo tomar, pois o meu parceiro é extremamente possessivo e quer ajuda para mudar, mas não aceita que concorde que precisa de ajuda.
ResponderExcluirTexto maravilhoso, mais uma vez.
gostei muito do texto,bem explicativo e infelizmente vivemos essa realidade
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