O sexo em geral continua sendo um tabu.
No casamento como será que está a vida sexual dos parceiros?
Será que quanto mais intimidade, segurança e cumplicidade, melhor será a vida sexual do casal ?
Pesquisas recentes mostram que não é bem assim . A psicóloga Esther Perel, está provocando uma virada sobre o tema, com o qual eu concordo. Casais a algum tempo juntos se queixam da vida sexual, da rotina, com dificuldades de conciliar intimidade com desejo. Portanto orientamos no sentido dos casais não ficar muito tempo próximo, principalmente se trabalham no mesmo ambiente. Devem provocar mais desejo, erotismo, algumas “briguinhas”, pois independência e individualidade entre os parceiros dão mais tempero ao relacionamento.
O casamento deve manter a constante reconquista, de ambos os parceiros, como se fossem amantes e não apenas marido e mulher, ou pai e mãe, caso contrario a relação se esfria , causando acomodações ou infidelidades . É preciso manter o desejo, ter fantasiais sexuais normais, variar os locais das relações. È claro que o romantismo deve ser mantido , respeitando as diferenças e a fantasia do fruto proibido, com prazer , se cuidando fisicamente ficando atraente e desejado um para o outro.
Saber diferenciar qualidade e quantidade sexual também é importante. Alterações hormonais ocorrem ao passar dos anos tanto no homem como na mulher, e precisam ser compreendidas . Como diz o ditado, o homem é um forno de microondas e a mulher é um fogão a gás, é preciso encontrar um meio terno.
O sexo no casamento é um dos pilares da manutenção e durabilidade da relação , devendo ser bom para ambos. A mídia nos bombardeia com imagens idealizadas sobre sexo, às vezes frustrando as pessoas, mas não se compare a mingúem, procure seu potencial com prazer , ninguém igual ao outro , não acredite em tudo o que vê ou ouve, pois as pessoas mentem para se valorizar. Em geral é a mulher que começa a deixar o sexo de lado ao longo do casamento, pois o desejo da mulher é bem mais complexo do que do homem, por isso não deixe virar rotina, reconquiste, recomece constantemente . Acredita-se que a paixão dura mais ou menos três anos, depois disso vira amor ou indiferença aflorando as diferenças e individualidades.
Com a chegada dos filhos a mulher passa a dividir seu prazer sensual com eles, deixando às vezes o homem com ciúme, mas ele deve recuperá-lo, criando ambiente mais prazeroso para a mulher, a conquista deve ser diária, seja criativo, não faça sexo apenas na cama com posições tradicionais, o sexo prazeroso requer fantasias para manter o erotismo.
Os tempos estão mudando devido à revolução sexual e a emancipação feminina e os homens devem acompanhar, para não perder seu espaço. O amor romântico e a atração sexual ocorrem em lados diferentes do cérebro. O que mais causa atração entre os casais é o desejo pelo parceiro como homem ou mulher , fazendo coisas que o outro não vê no dia a dia, com independência e não visto com esposo, esposa, pai e mãe . Às vezes a distancia entre o casal, ter vida própria, sentir falta do outro, sentir saudade aquece a relação ; de um tempo se necessário .
Os casais que estão juntos a algum tempo precisam saber que é possível uma vida a dois, com romantismo, erotismo, tesão , fidelidade, desde que exista amor , dialogo, respeito que é diferente de paixão e ódio.
Enquanto o homem manter a conquista e a mulher a sedução , os casamentos poderão ser duradouros e felizes, sem individualismos e egoísmos que destroem as relações imaturas.
Marco Antonio Garcia
Psicólogo e Psicoterapeuta
Artigos da coluna Psicologia no Jornal Semanário da Zona Norte desde 1999. Quadro na radio Studio 1 Web Radio, aos sábados das 10 as 12 horas. Estamos em constante processo de individuação ... Contato tel. 11 2950 4037
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Muito importante estas observações
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