ARTIGO PARA O JORNAL “ O SEMANÁRIO DA ZONA NORTE ”
Os filhos nascem crescem e saem de casa.
Esse é o processo natural da vida, observe os animais e as aves.
No entanto com os humanos, esse acumulo de sentimentos pode se transformar numa síndrome para muitos pais . Varia de família para família e educação recebida. Para alguns pais é saudável e natural que os filhos busquem sua independência e maturidade apesar de sentirem falta deles, mas para outros e principalmente as mães( judias e italianas ), esse período será marcante, tanto que podem ficar deprimidas, com sentimentos de abandono, carência afetiva, medo de lidar com perdas, problemas de relacionamento entre os pais e solidão.
Se essas mães foram educadas para exercer em prioridade o papel materno, sentirão mais esse momento em que os filhos saíram de casa para estudar, trabalhar ou casar, e se são super protetoras , usarão de chantagens se farão de vitimas para não perder o contato com os filhos por medo de abandono e solidão, podendo desenvolver doenças psicossomáticas. Um animal de estimação poderá ajudar nessa fase.
Se estiverem viúvas, a situação poderá ficar mais difícil e precisarão de maior compreensão e apoio dos filhos e netos .
Para se sentirem mais úteis, devem ter vida social , cultural com atividade para preencher o tempo vazio.
Se o casal tiver um bom relacionamento , poderá ser uma fase de renovação conjugal com mais tempo livre para viagens e outras atividades com qualidade de vida e aceitação da proximidade da terceira idade.
Devemos criar os filhos para o mundo, com independência e autonomia. Muitas vezes os filhos não conseguem ou não querem sair de casa criando uma simbiose ou por ser mais cômodo e continuarem na adolescência senil, o que não é saudável.
Dependendo de cada caso, os filhos devem ajudar nesse ritual de passagem , que poderá ser bom para ambos os lados, aprendendo a lidar com as perdas , conflitos de poder , sentimentos de abandono e medos , podendo aumentar a ansiedade e depressão, desenvolvendo doenças psíquicas, típicas da idade.
Enfrentar esse período é função da família , cada um no seu papel social. Superando esses obstáculos como fases da vida, com diálogos ,apoios e até ajuda profissional se necessário.
Devem-se encarar as mudanças como fases importantes para o crescimento pessoal de todos.
Logo virão os netos e o ciclo da vida recomeça , com limites e sem exploração por parte dos filhos.
Se houver união e amor familiar essa síndrome do ninho vazio será superada e compreendida , caso contrario, poderá se transformar em conflitos de poder e interesses, que resultarão em problemas para o desenvolvimento da vida familiar.
Aceitar a vida com seus ciclos é o processo natural, assim o ninho nunca estará vazio, pois o maior vazio está dentro de nós e cabe a nós preenchê-lo com o verdadeiro amor ...
Marco Antonio Garcia
Psicoterapeuta e psicólogo.
Artigos da coluna Psicologia no Jornal Semanário da Zona Norte desde 1999. Quadro na radio Studio 1 Web Radio, aos sábados das 10 as 12 horas. Estamos em constante processo de individuação ... Contato tel. 11 2950 4037
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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